Amanda Quintiliano

Poliany Mota

 

João Madeira e  Eduardo Parreiras, explicam problemas identificados no convênio (Foto: Poliany Mota)

João Madeira e Eduardo Parreiras, explicam problemas identificados no convênio (Foto: Poliany Mota)

Após a alegação de redução de custos e impedimentos jurídicos, uma nova afirmação surgiu para justificar o rompimento do acordo mantido nos últimos 20 anos entre o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) e a Prefeitura de Divinópolis. Na manhã desta terça-feira (08), a diretora do sindicato disse que inconsistências técnicas também estariam inviabilizando o convênio.

 

Pela lei, o servidor pode comprometer apenas 30% do salário. Entretanto, não havia um controle no sistema do sindicato que acusasse esse limite. Quando os dados com os gastos (Sintramcard, plano de saúde e mensalidade) eram repassados para o departamento da Prefeitura, em alguns casos, os débitos superavam o que o servidor tinha a receber no mês.

 

O vice-presidente do Sintram, Eduardo Parreira explicou que as utilizações do plano de saúde eram os principais responsáveis em gerar a inconsistências entre os sistemas.

 

“Não há como prever o que a pessoa vai gastar no mês com exames e consultas, o que gerava essa superação do limite”, argumentou. 

 

Uma comissão formada por técnicos da Prefeitura e do Sintram irão se reunir na próxima segunda-feira (14) para apresentar um relatório apontando, claramente, os problemas identificados.

 

“Após a apresentação dos dados técnicos, podemos ter uma revisãodo convênio, de uma forma mais tranquila de trabalhar”, acrescentou o presidente do sindicato, João Madeira.

 

A previsão é de que até a segunda-feira seguinte à reunião dos técnicos, dia 21 de junho, a diretoria do sindicato se reúna mais uma vez com o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) para definirem qual serão as medidas tomadas.

 

Tranquilidade

 

Até o final deste mês o acordo será mantido normalmente. Madeira aproveitou para tranquilizar os servidores e disse que o prefeito está sensível e aberto a discussão.

 

“Mantenham a calma, porque o Sintram está preocupado em resolver o problema dos servidores”, disse, complementado pelo vice-presidente.

 

“Na medida em que o prefeito reavalia essa decisão e julga por bem prorroga-lo, já é demonstração de abertura para uma nova discussão. Ficou claro que o problema que existe, em relação ao desconto em folha, é técnico e pode ser solucionado, deste que as partes envolvidas sentem e discutam”, completou Eduardo.

 

Após chegarem a um acordo quanto a melhor medida para solucionar o problema, o convênio deverá ser oficializado, já que até agora havia apenas um acordo verbal. O ofício comunicando a suspensão foi entregue ao Sintram no dia 17 de junho. Após essa data duas reuniões entre a diretoria e o prefeito foram realizadas, uma no dia 30 de junho e a outra ontem.