Umas das propostas sugere a suspensão integral dos subsídios
Amanda Quintiliano
Os vereadores de Divinópolis terão de mostrar em breve se os pedidos de redução de salários ou até a suspensão deles são reais ou se não passam de meras estratégias eleitoreiras. Isso porque o presidente da câmara, Adair Otaviano (MDB) está estudando os ofícios recebidos e afirmou ao PORTAL, que a proposta deverá ser transformada em projeto.
Três vereadores já tornaram públicos os pedidos. Cleitinho Azevedo (PPS), Sargento Elton (PEN) e Eduardo Print Jr. (SD). Este último foi o mais radical, propondo a suspensão integral dos subsídios, a redução das reuniões ordinárias de duas para uma e alteração do horário para o período noturno.
A alegação de Eduardo é que a função se resumiria às sessões, podendo os parlamentares trabalharem em outros locais durante o dia, sem obrigação de comparecer a câmara ou a outras reuniões. Já Cleitinho e Sargento falam em reduzir até 70%.
“São matérias que a gente não define de um dia para o outro, mas essa Mesa está bem criteriosa, estudando as medidas que serão tomadas, no sentido de elaborar o projeto”, afirmou o presidente.
Serão analisadas as três propostas e a partir dela elaborada uma matéria que contemple o teor.
“Já falei para todos os três que eu sou uma pessoa de decisão e não sou de engavetar pedidos. Disse para aguardarem e provavelmente teremos matéria neste sentido para ser estuda pelos nobres vereadores”, enfatizou, destacando a seriedade do assunto.
“É muito sério. Não vejo no Brasil nenhuma câmara trabalhar sem salário. Divinópolis é diferente. Já que as propostas foram feitas, vamos estuda-las e ver qual a melhor decisão”.
De competência da Mesa Diretora, após a elaboração o projeto vai a plenário para votação dos parlamentares.
Sem salários
Hoje os vereadores tem a opção de abrirem mão dos salários, basta comunicar por meio de ofício. Eles têm, por obrigação, comparecerem às reuniões ordinárias, ou seja, duas vezes por semana, às 14h, as terças e quintas.
Porém, o trabalho parlamentar vai além das sessões plenárias. Há reuniões especiais, comunitárias, audiências pública e, o principal, o papel de fiscalizar e legislar.