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Vereador defende planejamento estratégico entre fiscais e Polícia Militar

Amanda Quintiliano

O vereador de Divinópolis, Marcos Vinícius (PROS) defendeu uma fiscalização mais efetiva entre prefeitura e Polícia Militar no combate aos toureiros e vendas de produtos proibidos no camelódromo, nesta terça-feira (10). Ao PORTAL, o parlamentar confirmou que houve a intensificações de ações, porém a meticulosidade dos profissionais dificulta as estratégias dos fiscais.

As denúncias foram feitas em setembro do ano passado. Dentre elas, falava-se de barraqueiros que possuem mais de um gabinete e que burlam a fiscalização. Existem aqueles que alugam ou terceirizam esses gabinetes, além dos que contratam menores ou adultos sem registro funcional.

Outros problemas recorrentes no local é a contratação de “toureiros” para atrair clientes, a exposição de mercadorias fora do limite e comercialização de produtos de origem duvidosa ou até mesmo proibidos.

Na lista de irregularidades ainda está a comercialização da Cytotec, conhecida como pílula da morte, usada para aborto e também do Pramil, genérico do Viagra. Na época, o vereador falou em receptação e contrabando.

Sete meses depois, as mesmas denúncias foram feitas ao PORTAL.

“A fiscalização ocorreu na época da denúncia, atendendo um pedido da própria categoria […] Mas esses toureiros são articulados, eles tem quem os informam da presença dos fiscais. Quando eles veem saem e depois que os fiscais vão embora eles voltam”, relata Marcos Vinícius, defendendo um plano mais efetivo.

“É necessário um esquema mais efetivo dos fiscais com a Polícia Militar. Isso deve ser discutido”, propôs.

A situação está mais branda que antes. Na frente do camelódromo, já não tá tantas pessoas tentando atrair pessoas.

“Apesar de não ter essa muvuca na frente, a gente sabe que a produtos sendo vendidos indevidamente. Você compra até óculos com grau no local. Isso é permitido? Sem falar de outras questões já denunciadas”, afirmou uma denunciante que preferiu não ser identificada.

Retirada

O problema está sendo empurrado com a barrida há quase 10 anos. O camelódromo foi instalado no quarteirão fechado como uma alternativa até a implantação do Centro Popular de Comércio. Entretanto, o projeto discutido ainda na época do então prefeito, Demetrius Arantes, está adormecido.

“A retirada do camelódromo vai acontecer, mas o governo não tem dada”, enfatizou Vinícius.

A transferência de local deve ocorrer com a abertura da Rua São Paulo. A mudança no trânsito também deverá reforçar a acessibilidade do sistema viário para atender o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Uma das alternativas para abrir os gabinetes é ao lado do antigo Restaurante Popular.

“Tem outras propostas que a prefeitura analisa aqui no centro, mas que não são divulgas para não causar especulação imobiliária”, explicou o parlamentar.

“Nenhuma medida de transferência será tomada sem que haja assembleia com os próprios trabalhadores. Não há como atender 100%, então o que é razoável é colocar em votação”, completou.

Até o fechamento desta matéria a reportagem não havia recebido retorno da prefeitura. Em outras ocasiões, o órgão informou que as fiscalizações ocorrem apenas a partir de denúncias formais.

A Polícia Militar informou ao PORTAL que a competência de fiscalizar é a da prefeitura e que os militares acompanham as ações quando é solicitado para garantir o cumprimento da lei e coibir práticas de violência.