Protetora confronta posicionamento da prefeitura e disse que no local não há medicamentos; Crevisa registrou boletim contra as mulheres

Uma das integrantes da Sociedade Protetora dos Animais de Divinópolis (Spad) deu detalhes ao PORTAL CENTRO-OESTE sobre a denúncia de maus tratos a um filhote no Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa). O caso ganhou as redes sociais nesta quinta-feira (10).

Nesta sexta (11) a protetora – que preferiu ter a identidade preservada – disse que a denúncia partiu de dentro do próprio Crevisa na quarta (09). No dia seguinte, ela e mais uma integrante da Spad foram até ao órgão para certificar a irregularidade. Lá encontraram o animal em um local inapropriado amuado no cantinho. O filhote teve uma das patas amputadas e estava sem curativos.

“Encontramos a cadelinha na baia, sem nada próximo, até porque lá não tem remédio e não é um setor de tratamento e sim de controle de zoonoses”, alegou.

A Prefeitura disse, na data, que o filhote teria tirado o próprio curativo, mas de acordo com a ativista, não havia ataduras, devido a ausência de remédios.

 “Saí de casa com a dipirona e o anti inflamatório, mas não pensava nunca que iria ver aquilo. Eu ia doar os medicamentos para o Crevisa”.

Sobre a amputação, a protetora disse que um levantamento está sendo realizado para saber qual seria a lesão a ponto desse procedimento ter sido adotado. O Conselho de Veterinários foi acionado.

 

Confusão

A confusão gerou bate-boca entre as protetoras e o veterinário.

“Chamei o veterinário de assassino cinco mil vezes para quem quisesse ouvir. Aí dizem, “mas você invadiu um setor público”. Para salvar a vida de um animal, eu vou invadir o Planalto Central, se preciso for, pois a Constituição nos ampara”, argumentou.

Segundo a ativista, o veterinário tentou tirar o animal da mão dela, porém ela puxou e entrou para o carro, ele então entrou na frente do veículo. Enquanto isso, outro servidor teria tentado tirar a motorista de dentro do veículo. Ele chegou a desligar o carro.

“O que eu fiz: coloquei o carro no ponto morto, pois ele é automático e o liguei novamente. Aí o veterinário já tinha deitado no chão”, descreveu.

A ativista disse que não chamou a polícia, devido a prioridade de salvar o animal e negou que tenha ocorrido algum atropelamento. O Município relatou que um Boletim de Ocorrência foi feito pelo Crevisa sobre o ocorrido.

“Se havia sido atropelado, porque não foi para o Pronto Socorro?”, indagou.

Uma perícia deverá ser feita no veículo.

O filhote

O filhote foi levado para uma clínica e passou por nova cirurgia. O veterinário constatou que o procedimento feito no Crevisa não foi o correto. A cadelinha foi diagnosticada com infecção na ponta do osso.

Prefeitura

A assessoria de imprensa da prefeitura negou a ausência de remédios no Crevisa e disse que há medicamentos e curativos suficientes na unidade. Sobre o veterinário, o Município afirmou que ele foi quase atropelado, mas passa bem. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.