Wagner acusou o antigo Geno de extorsão ao longo dos últimos cinco anos
O empresário da dupla “Gino & Geno”, Wagner Tadeu de Paula prestou depoimento, nesta quarta (20), na Delegacia de Polícia Civil, em Divinópolis, acompanhado da equipe do escritório de advocacia Fábio Campos. O ex-integrante, Geraldo Alves dos Santos, o antigo Geno, o acusa de ameaça. A conversa entre o empresário e o cantor vazou nesta quarta-feira (20) semanas após a ocorrência ser registrada.
De acordo com apuração da reportagem do PORTAL CENTRO-OESTE, a ligação teria ocorrido no dia 07 de janeiro. O empresário estava na praia com a família quando recebeu a notícia de que havia chegado no escritório uma notificação comunicando que Geno não iria cumprir o acordo verbal firmado entre eles.
Quando a ligação foi realizada, segundo relato de Wagner à polícia, ele havia consumido bebida alcoólica e disse ter ficado alterado porque já havia contratado o novo integrante, o Avante. Ele também temia o risco de descumprir a agenda já negociada para 2019.
O empresário ainda alegou que o áudio vazado não demonstra todo o contexto da conversa, sendo gravada apenas a parte que favorecia Geno.
Muito mais amplo
Desde o anúncio do fim da dupla, ambos travam uma briga judicial pelo direito de uso da marca. Após gravar vídeos comunicando a “aposentadoria” e pedindo apoio ao Gino com a nova dupla, em um ato repentino ele compartilhou novas postagens dizendo não ter autorizado o uso da marca “Gino & Geno”.
Mas, ao que parece os embates ocorrem há bem mais tempo. O empresário acusou o cantor de extorqui-lo a pelo menos cinco anos. Ele relatou, em depoimento, que após os contratos serem fechados, na véspera de shows, ele exigia valores maiores.
Ele também já teria se apresentado sozinho e se recusado a subir no palco quando o empresário não cedia às chantagens. Ao longo destes últimos anos, a relação entre os dois seria tumultuada.
A extorsão também ocorreria por meio de empréstimos e agiotagens.
O caso é acompanhado pelo delegado Marcelo Nunes e o depoimento foi colhido pelo escrivão Bruno Henrique Pereira. A reportagem tentou contato com o delegado, mas não conseguiu falar com ele até o fechamento desta matéria. A reportagem tentou contato com o escritório de advocacia Fábio Campos, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
A gravação
O áudio vazado tem 02 minutos e 33 segundos e foi compartilhado pelo site Movimento Country.