Poliany Mota
Com Jornal S’Passo
A infecção provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares (Foto: Divulgação)
Itaúna pode ser a primeira cidade mineira a registrar um caso de febre Chikungunya, doença comum na Ásia e África, transmitida por insetos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti – mesmo mosquito transmissor da dengue – um dos principais vetores. De acordo com informações da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis (SRS), a suspeita de contaminação pelo vírus foi registrada em um homem de 32 anos, que relatou ter viajado recentemente aos Emirados Árabes, China e Filipinas.
Ainda de acordo com a SRS, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) foi informada do caso na quinta-feira (12) e no dia seguinte o paciente foi atendido no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, onde foi coletado material para sorologia para diversos agravos, incluindo dengue, porém, os resultados ainda não foram divulgados.
Nessa segunda-feira (16) uma equipe de investigação de surtos da SES foi enviada a Itaúna para alinhamento com o município e planejamento das atividades. Vinte agentes da Força Tarefa também foram enviados para executar ações na cidade a partir desta quarta-feira (18), como eliminação de focos, vedação de recipientes, tratamento dos depósitos onde não houver condições de eliminação ou vedação e ações para conter e evitar a dispersão do vetor de transmissão.
Sintomas
A infecção pelo vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. O período médio de incubação da doença é de três a sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus. O tratamento sintomático é o indicado.
A doença pode manifestar-se clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crônica. Na fase aguda os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia (predominantemente nas extremidades e nas grandes articulações).
Também é frequente a ocorrência de exantema maculopapular. Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.
