O deputado mineiro atacou Alexandre de Moraes e afirmou que o Ministro tem transformado o judiciário numa corte criminal
As polêmicas envolvendo as decisões do Ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes continuam sendo pauta em debates acalorados na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em entrevista coletiva, o Deputado Federal Domingos Sávio (PL/MG) classificou o cenário atual como “Ditadura do Judiciário”, ao se referir à condução dos processos sobre os atos ilegais do dia 8 de janeiro.
Na tarde desta terça-feira (9/5), uma comitiva de 80 advogados envolvidos em processos dos envolvidos no ato estiveram em Brasília para buscar apoio dos deputados. Segundo eles, Alexandre de Moraes tem desrespeitado os direitos constitucionais da classe de forma arbitrária. Num dos discursos, um advogado chegou a dizer que o que se vê atualmente é a desvalorização do trabalho jurídico.
Domingos Sávio reforçou que todos devem condenar veementemente os atos antidemocráticos ocorridos em janeiro, quando um grupo de militantes invadiu o Congresso Nacional. O deputado, em sua fala, classificou como ilegal e criminoso.
“Todos somos contra o que aconteceu, mas logo apareceram pessoas que, sob o pretexto de, supostamente, serem defensores da democracia, querem calar todos que discordam de suas opiniões. Isso tem nome e é ditadura”, afirmou Domingos.
De acordo com o deputado mineiro, Alexandre de Moraes passou a se colocar acima da lei.
“Ele (Alexandre de Moraes) está passando por cima de tudo e de todos. Os advogados estão sendo desrespeitados por um Ministro que preside o inquérito, acusa e se coloca no direito de julgar, prender, soltar e calar quem ele quiser calar. Essa ditadura está se implantando e estamos assistindo calados”.
Para concluir, Domingos Sávio afirmou que o Ministro tem sido responsável por transformar o judiciário numa corte criminal, e não constitucional.
“Deixa de se preocupar com os verdadeiros problemas constitucionais para tentar colocar na cadeia pessoas sob a alegação de problemas com cartão de vacina. Se isso não é perseguição, o que estamos vivendo? Tenho nojo e repúdio a essa ditadura que está se instaurando”.