Os dois deputados foram a favor da mudança (Foto: Divulgação)

Amanda Quintiliano

Os deputados federais, Jaime Martins (PSD) e Domingos Sávio (PSDB) aparecem na lista dos políticos que receberam contribuições ilegais da Odebrecht. Entre 2008 e 2014, a Odebrecht fez pelo menos 645 contribuições ilegais no valor de R$ 246 milhões. Os números estão em uma planilha entregue ao Ministério Público por Benedicto Junior, que comandou o departamento de operações estruturadas, centro de distribuição de propinas da empreiteira. O documento, que faz parte do inquérito 4402, mostra o nome e o codinome do político, o valor, o propósito e o intermediário da doação, entre outras informações, segundo Valor Econômico.

De acordo com a lista, Jaime Martins recebeu neste período R$ 50 mil e Domingos Sávio R$ 25 mil.

A Assessoria de Comunicação de Jaiminho tratou as denúncias como infundadas e afirmou:

“Nosso país vive um momento delicado politicamente e é lamentável essa onda de denuncismo onde afirmações absurdas e graves, como as apresentadas venham a públicos sem a devida apuração de sua veracidade. O deputado federal Jaiminho Martins repudia essa denúncias vazias, oportunistas e se coloca inteiramente à disposição”.

Ao PORTAL Domingos Sávio também negou qualquer vínculo com a empresa. Disse que é uma denúncia “mentirosa e covarde”. O tucano confirmou ter recebido R$ 50 mil da empresa pelo PSDB e afirmou que o montante foi declarado à Justiça Eleitoral como determina a lei.

“Não conheço e nunca estive, nem por telefone com nenhum dirigente da Odebrecht. Nunca fiz emenda a nenhum projeto com relação a empresa de construção. Todos sabem a minha relação de oposição radical e neste período eu não tinha qualquer espaço dentro do governo”, argumentou e acrescentou: Essa doação feita através do partido foi absolutamente lícita, sem qualquer caixa 2. Não fazia sentido eu recusar a doação que era legal sem que tivesse possibilidade de imaginar que a empresa estava envolvida nisso”.

O parlamentar disse que está à disposição para esclarecer. Enfatizou estar com documentos que comprovem a legitimidade da doação recebida.

“Espero que isso seja esclarecido o mais breve possível e que quem tenha recebido caixa 2 pague pelo erro”.