Nomeação foi feita pelo Sindinova para criar elo junto ao governo federal
Portal Centro-Oeste
A paralisação nacional dos caminhoneiros, ocorrida nas últimas semanas, trouxe uma série de desconforto para a economia do país. Vários foram os setores da agricultura, comércio e indústria que sofreram com os impactos desta greve.
Mesmo com o fim da paralisação, a indústria ainda sofre com os seus reflexos. Na região Centro-Oeste de Minas, por exemplo, o polo calçadista de Nova Serrana amarga perdas advindas com a paralisação dos caminhoneiros e que são acentuadas pelo momento de crise e de instabilidade política que o Brasil atravessa.
Buscando dar fôlego a este setor que hoje é composto por 12 municípios e é responsável por uma produção anual de 105 milhões de pares de calçados e gera 50 mil empregos diretos e indiretos; o polo calçadista de Nova Serrana, representado pelo Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Calçado-Sindinova, estabeleceu uma pauta de socorro ao setor e incumbiu o deputado federal Jaime Martins de ser o seu porta-voz junto ao Governo Federal.
Em ofício encaminhado pelo presidente do Sindinova, Pedro Gomes da Silva, ao deputado federal Jaime Martins os empresários calçadistas do Centro-Oeste de Minas solicitam do parlamentar a defesa dos seguintes pontos:
- Minimização dos impostos federais por 60 dias após a normalização;
- Prorrogação do vencimento de parcelas de empréstimos junto aos bancos oficiais por 45 dias.
A situação é considerada crítica. Tanto que o Sindinova prevê queda nas vendas por parte do comércio já com o cancelamento de pedidos e até com o atraso de pagamento.
“O cenário que se formou no polo calçadista de Nova Serrana, em função da paralisação dos caminhoneiros, é séria e merece toda a nossa atenção. Tanto que de imediato já encaminhamos as reivindicações do setor ao presidente da república, Michel Temer. Esperamos contar com a sua sensibilidade e de sua equipe econômica para reconhecerem a legitimidade do pleito dos empresários calçadistas atendendo, assim, a solicitações apresentadas”, pontua Jaime Martins.
Ainda conforme informações do Sindinova, várias empresas do polo calçadista de Nova Serrana já começaram o processo de paralisações. Outras empresas estariam programando férias coletivas e algumas até realizando demissões.