Jaime Martins reuniu lideranças regionais para receber Márcio Lacerda (Foto: Amanda Quintiliano)

Candidato ao governo de Minas, o ex-prefeito de BH retirou o nome da disputa e anunciou desfiliação do PSB

Amanda Quintiliano

O deputado federal e candidato ao Senado Jaime Martins (Pros) irá se reunir com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) ainda nesta terça-feira (21). O socialista anunciou hoje a retirada da candidatura ao governo de Minas e a desfiliação do PSB.

Martins afirmou que somente vai saber o rumo da chapa quando conversar com representantes de todos os partidos que faziam parte da coligação. O candidato ao Senado diz que o grupo político não estava trabalhando com um plano B.

“Não estávamos trabalhando com outra alternativa porque o Marcio era a pessoa que tinha condições de fazer esse enfrentamento. Ele tinha chances reais de ganhar, e trabalhar com outra alternativa podia parecer uma invalidação ao nome dele”, afirmou Jaime Martins.

Márcio

Nas redes sociais, Lacerda publicou uma carta afirmando que “dois comandos partidários, de forma antidemocrática e arbitrária, fizeram, na calada da noite, nos porões sombrios dos gabinetes em Brasília, o mais podre dos conchavos políticos”.

“A cúpula do PSB e do PT conspiraram para retirar a minha candidatura a Governador de Minas Gerais, impedindo a desvinculação definitiva do tradicional papel de braço do PT, desempenhado pelo PSB”.

Ele segue dizendo que a indignação dele não aceitou o que chamou de negociata.

“Essa imposição que agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros”.

No entanto, a impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz, segundo ele, insegurança jurídica até a véspera do 1º turno.

“O que me leva a retirar minha candidatura. Esse prazo alongado dificulta e muito a mobilização de apoiadores e, especialmente, tornará muito fragilizada a situação dos candidatos a deputado do PSB, que estão contra sua vontade, presentes em duas coligações. Além disso, manter uma campanha eleitoral, muito curta e de grandes desafios como essa, com tamanha indefinição jurídica, poderia prejudicar muito o crescimento que vínhamos detectando nos últimos meses em torno da nossa proposta para Minas Gerais”.

“Os representantes da velha política conseguiram impedir minha candidatura”, enfatiza.

Leia a carta na íntegra aqui.