Amanda Quintiliano

 

Vários carros foram apreendidos (Foto: Glaudson Rodrigues/UltimasNotícias)

Vários carros foram apreendidos (Foto: Glaudson Rodrigues/UltimasNotícias)

Os sócios da empresa “Money over World”, de 22 e 26 anos, tiveram os bens bloqueados e apreendidos nesta quinta-feira (23), em Formiga. Eles são suspeitos de liderarem um esquema fraudulento que movimentou R$ 7 milhões pela internet, conhecido como “pirâmide financeira”. O crime foi descoberto pela Polícia Civil da cidade após o registro de várias denúncias de vítimas e oito meses de investigação. Outras duas pessoas podem estar envolvidas.

 

Na operação de ontem foram apreendidos R$ 12 mil em dinheiro na casa de um dos suspeitos, além de joias avaliadas em mais de R$ 15 mil. As contas bancárias foram bloqueadas. Também foram aprendidos documentos e comprovantes de depósitos que podem ajudar nas investigações. Computadores, celulares também estão apreendidos, além de veículos de luxo, uma moto aquática e motocicletas.

 

Outros bens estão na mira da justiça. Um dos veículos de um dos suspeitos, avaliado em R$ 158 mil, um Camaro e uma moto de R$ 34 mil, serão apreendidos na próxima semana, pois não estão na cidade. Durante o período de investigação a dupla ficará solta, segundo o delegado responsável pelo caso, Danilo César Basílio, por não terem antecedentes criminais e estarem colaborando com as investigações.

 

Os outros dois suspeitos também não foram presos e são investigados. O delegado também não descarta a participação de mais pessoas. “Até agora temos quatro envolvidos, mas mais pessoas, de outras localidades, podem estar envolvidas”, disse à reportagem do PORTAL, em entrevista por telefone.

 

Esquema

 

A pirâmide financeira é um esquema que depende do recrutamento de outras pessoas para gerar dinheiro. Funcionava da seguinte maneira: o internauta se cadastrava no site, pagava por um anúncio e a cada indicação de novo cliente, ele, teoricamente, deveria ser recompensado com um percentual do valor pago. Entretanto, os depósitos nunca aconteciam e os únicos beneficiados eram os sócios da empresa.

 

Foram mais de R$ 7 milhões movimentados. Só em agosto de 2012, segundo o delegado responsável pela investigação, eles sacaram mais de R$ 1 milhão. “Eles movimentaram esse valor, mas não significa que lucraram tudo isso ou sacaram”, completa Basílio. Os rapazes também são suspeitos de lavagem de dinheiro. “Eles colocaram os veículos em nomes de terceiros, amigos, parentes”, conta.

 

Outro fator que contribuiu para os policiais descobrirem o esquema foi a ostentação de veículos e bens de luxo e denúncias da própria população.

 

O inquérito ainda não foi concluído e as investigações continuam.

 

Fotos: Glaudson Rodrigues/UltimasNotícias