As duas estavam relacionadas a propaganda irregular, uma com divulgação de Cleitinho e a outra com o símbolo do município
A Justiça Eleitoral julgou, como improcedentes, duas das três representações feitas contra a campanha de Gleidson Azevedo (PSC), para a prefeitura de Divinópolis. As denúncias, feitas pelo candidato a vereador pelo Avante, Olinto Guimarães Neto, alegavam supostas propagandas antecipadas, antes do início do período permitido para estas eleições.
Primeiro caso
De acordo com as sentenças dos casos, as quais o PORTAL obteve acesso, em uma delas, o denunciante alegou que o deputado estadual e irmão gêmeo de Gleidson, Cleitinho Azevedo (Cidadania), teria feito de maneira antecipada, a divulgação da campanha, pois, segundo o denunciante, “houve o pedido de voto de forma implícita e em período vedado para Gleidson, que, na época, era pré-candidato”.
Olinto ainda declarou que “Gleidson teve ciência da publicação indevida”, devido ao parentesco com Cleitinho, “que é o maior apoiador de sua candidatura”. A campanha apresentou a sua defesa e alegou que “foi apenas uma manifestação de apoio à Gleidson e que não houve pedido explícito ou implícito de voto”.
A mensagem da postagem denunciada dizia o seguinte:
“Esse é meu pré candidato a prefeito da minha cidade, Divinópolis. Nasci junto com ele na barriga da minha mãe. Sei que ele nunca vai me trair e me decepcionar e vai fazer tudo que tenho vontade de fazer se eu fosse prefeito de Divinópolis. Quem decide é vocês, ou é nós ou é eles. Vamos juntos”.
Com isso, o juiz eleitoral julgou que Cleitinho “não pediu, de forma expressa ou implícita, votos para o Gleidson”.
Segundo caso
Na segunda denúncia, Olinto alegou que a campanha de Gleidson veiculou “propaganda eleitoral irregular em redes sociais e mediante distribuição de “santinhos”, consistente na utilização de símbolo oficial deste município”.
O denunciante ainda denunciou que “diante da propaganda eleitoral irregular, criaram, artificialmente, na opinião pública, estados mentais ou passionais, que influenciariam no poder decisório dos eleitores”. Com a apresentação da defesa, feita pela campanha, a mesma alegou que não houve a irregularidade nessa questão.
Com isso, o juiz eleitoral julgou que “não há irregularidade nas propagandas eleitorais veiculadas” pela campanha, que “não restou configurado qualquer abuso de poder político devido ao uso de símbolo municipal na propaganda eleitoral” e que não ficou demonstrado que os denunciados “exercem qualquer cargo político no Poder Executivo de Divinópolis e que se beneficiaram de qualquer alusão aos atos da administração municipal”.
Terceira denúncia
Ainda resta a ser julgada uma terceira representação de Olinto, a qual se baseia na acusação de um suposto “abuso de poder político”. Segundo ele, haveria uma ludibriação, por parte da campanha, em utilizar a imagem de Cleitinho, como se ele fizesse parte da chapa que disputa as eleições municipais.
Sobre este caso, o PORTAL procurou a assessoria jurídica da campanha de Gleidson, que informou que apresentou a sua defesa para o caso, nesta sexta-feira (16). A mesma, em seguida, deve receber o parecer do Ministério Público Eleitoral e logo após, a decisão do juiz.