presidente da câmara de divinópolis vereador Kaboja
Kaboja disse que evitará as demissões (Foto: Divulgação/Assessoria)

 

 

Galileu tentou ampliar a margem de remanejamento do orçamento sem precisar da aprovação da câmara

Marcelo Lopes

O Projeto de Lei 003/2018, que dava autorização ao Poder Executivo para remanejar até 20% do orçamento sem a permissão dos vereadores foi rejeitado durante reunião ordinária realizada na Câmara nesta quinta-feira (08). O prefeito Galileu Machado (MDB) havia tentado alterar na Lei Orçamentária Anual (LOA) o quarto artigo, que determina que o Executivo está autorizado a disponibilizar créditos suplementares com um limite de 8%.

Rodrigo Kaboja (PSD), líder do governo na Câmara, se posicionou a favor da proposta. Além do parlamentar, César Tarzan (PP), Marcos Vinícius (PROS), Renato Ferreira (PSDB), Josafá Anderson e Raimundo Nonato (PDT), também votaram pelo “sim”.

Na defesa do projeto, Kaboja alegou que para o Executivo ser eficiente, seria preciso que a margem orçamentária fosse ampliada. Janete Aparecida (PSD), Dr. Delano (MDB) e Edson Sousa (MDB) contestaram os detalhes presentes na proposta. Afirmaram que as justificativas não eram convincentes e que havia insegurança em relação ao assunto.

Kaboja defendeu ainda que, apesar do aumento da margem de remanejamento do orçamento, o poder de fiscalizar dos vereadores continuaria o mesmo, pedindo para que os pares do partido dessem um voto de confiança para o Executivo.

Após os votos serem computados, o líder do governo na Casa disse que o Poder Executivo não pode ficar na dependência constante da Câmara, que segundo o parlamentar, seria de interesses particulares que fogem do principal objetivo da administração, o de atender ao maior interesse, o da população. Durante a justificativa de voto, Kaboja chegou a denominar os colegas de “loucos”, dizendo que “a Casa Legislativa tem que ser feita de debates respeitosos”.

“Nós não estamos no cabaré não. Essa Câmara dá vergonha na gente. São doze novatos, uma coisa horrorosa isso aqui. É uma casa de loucos, que não tem sequer responsabilidade com a população”, disse.