Posse Mesa Diretora da Câmara de Divinópolis
Competência da Mesa Diretora, a iniciativa partiu do Presidente Rodrigo Kaboja (Foto: Geovany Corrêa/CMD)

Amanda Quintiliano

Após renunciar a liderança do governo, no final do ano passado, o vereador de Divinópolis, Rodrigo Kaboja (PSD), anunciou, nesta quinta-feira (01), que será reconduzido à função, a convite do prefeito, Galileu Machado (MDB). O parlamentar havia se afastado em meio a polêmica envolvendo o aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

“Tenho que ser honesto, transparente. Não estou a vontade. Muita pressão. Vou fazer meu trabalho, cuidar da minha região, sem problemas com ninguém. Está legislatura está uma baixaria”, argumentou na época.

Para tentar justificar o retorno, ele relembrou uma menção feita, ainda no início deste ano, de que “a vida sempre apresenta desafios”.

“E são eles que nos motivam a trabalhar cada vez mais”, afirmou anunciando a liderança do governo.

Kaboja ainda mencionou os debates calorosos do IPTU. Disse que não concordava com a proposta e que estava insatisfeito com a forma com que os projetos tramitaram.

“Fui claro e transparente com o prefeito e pedi minha retirada. Joguei limpe como é a regra imutável das pessoas de bem”, argumentou e acrescentou:

“Não me senti a vontade para defender aquele projeto como estava e renuncie a liderança. Sai de cabeça erguida e retorno de cabeça erguida”, enfatizou.

O vereador também disse que houve a interferência de outros vereadores o indicando para que retomasse a função.

Apesar de ter saído em meio a votação dos projetos de revisão da Planta de Valores e das alíquotas do IPTU, ele afirma ter consciência que há várias matérias importantes a serem votadas este ano. Uma delas, apesar de não ter citado é a mesma que vez com que deixasse a liderança em dezembro passado.

No bolo, ele citou a reforma administrativa, uma promessa feita ainda no início do ano passado pelo prefeito.

“Temos muitas matérias importantes para votar este ano e precisamos criar condições favoráveis de governabilidade política e administrativa ao prefeito”, completou, salientando que Galileu assumiu o cargo sem condições de implantar o plano de governo próprio.

“Já entrou com o decreto de calamidade financeira assinado pelo antecessor, Vladimir Azevedo. Galileu assumiu sem poder reestruturar administrativamente a prefeitura e implantar o plano de governo […] Mas, no momento certo fará os reajustes administrativos para implantar o projeto dele”.