Amanda Quintiliano

 

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Aguapés e capivaras tomaram contam da lagoa (Foto: Divulgação)

Um dos potenciais cartões postais de Divinópolis está tomado por aguapés e se degradando. Nem mesmo a centenas de denúncias e reclamações são suficientes para recuperar a Lagoa do Sidil. O espaço com promessa de ser um ambiente de lazer está se tornando propício para usuários de drogas e animais peçonhentos. Abandono é a palavra que resume a situação do local.

 

Esta semana fotos da lagoa ganharam as redes sociais e não é a primeira vez. De tempo em tempo o assunto é pauta entre moradores da região e de adeptos à causa. Na reta das manifestações o poder público anuncia a revitalização. O anúncio já se tornou repetitivo, mas até agora, o projeto não passou do campo das ideias. Nunca foi para o papel, muito menos o deixou.

 

Ação

 

No ano passado uma siderurgia tomou as rédeas e sinalizou o trabalho. Entretanto, não passou de encenação em um cenário formado por máquinas. Foi apenas uma semana de serviço até a paralisação. Na época, a alegação era de que um dos funcionários responsável em operar a draga teve que deixar a função. Desde então a máquina está parada no local.

 

Hoje (14), ao PORTAL, o gerente de meio ambiente da empresa, Paulo Barcelos Fagundes disse que a máquina estragou e que não havia peças de reposição.

 

“Por ser uma máquina muito antiga não tinha peça então foi necessária a fabricação para substituir. Já está quase pronto. Estamos terminando a manutenção e vamos entrar em contato com a Prefeitura para continuarmos os trabalhos, pois não depende só de nós, eles também precisam disponibilizar veículos”, explica.

 

O investimento seria de R$ 200 mil por parte da empresa, em contrapartida a Prefeitura iria liberar as licenças necessárias. O primeiro passo seria a despoluição da lagoa e em seguida a urbanização do espaço.

 

Sem solução

 

O vice-prefeito Rodrigo Resende descartou, neste momento, intervenção na lagoa. Segundo ele, qualquer medida adotada antes

A máquina continua no local (Foto: Divulgação)

A máquina continua no local (Foto: Divulgação)

do tratamento de esgoto será em vão.

 

“Tem muita matéria orgânica dentro da lagoa. Limpamos daí 15 dias a lagoa sujou novamente. Sugeri ao pessoal da siderurgia para contratar um biólogo para sabermos como está a situação dela e o que poderia ser feito. Mas, chegamos a conclusão de que enquanto não tratar o esgoto do Sidil não vai resolver nada”, disse.

 

A previsão é de o esgoto ser tratado daqui a dois anos quando a Estação de Tratamento da Copasa for concluída, até lá a lagoa continuará agonizando.

 

Propostas

 

Com o tom mais ameno e menos comprometedor, por meio de nota, a diretora de Meio Ambiente da Prefeitura, Sílvia Ribeiro, disse que a lagoa é contemplada dentro do projeto do Plano Diretor como Área Especial Localizada.

 

Segundo a proposta, a ideia é revitalizar áreas de interesse ambiental e seu entorno, com escopo de suprir a carência de áreas verdes e de convívio ou ainda criar e revitalizar espaços de interesse sociocultural.

 

“Assim, a Prefeitura tem efetuado estudos na área, para posteriormente implantar o projeto que melhor se adequar a situação do local”, consta na nota.