Levantamento mostra alto índice de eleitores que não decidiram em quem votar, apontando indefinição do cenário; Candidata aponta distorções para favorecer adversário
A candidata à prefeitura de Divinópolis, Laiz Soares, do Partido Social Democrático (PSD), denunciou nesta sexta-feira (4/10) possíveis irregularidades na pesquisa eleitoral divulgada no mesmo dia. O levantamento coloca o atual prefeito, Gleidson Azevedo (Novo), na liderança nas eleições de 2024.
No entanto, a pesquisa aponta que 30,73% dos entrevistados ainda não decidiram em quem votar, indicando que o cenário permanece indefinido.
Conforme Laiz e sua equipe jurídica, há fortes indícios de manipulação dos dados para beneficiar Azevedo, o que configuraria uma tentativa de influenciar indevidamente o processo eleitoral.
Na pesquisa estimulada, quando cita os nomes, Gleidson Azevedo aparece com 46,73% das intenções de voto, enquanto Laiz Soares (PSD) tem 16,90%.
Com uma margem de erro de 3,5% e 30,73% dos eleitores indecisos, a pesquisa, embora dê vantagem à Gleidson, mostra que, na verdade, ainda não há uma grande definição. Brancos e nulos somam 5,64% do entrevistados.
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Suposta distorção da pesquisa eleitoral de Divinópolis
De acordo com a denúncia, a pesquisa conduzida pelo Instituto Panorama Comunicação, Pesquisa e Assessoria LTDA (IPAN) apresenta distorções claras na metodologia de coleta de dados, como a falta de transparência na seleção dos entrevistados e inconsistências nos critérios de amostragem.
Esses fatores, conforme Laiz, resultaram em números irreais, favorecendo diretamente Gleidson Azevedo. Além disso, distorcendo a verdadeira intenção de voto dos eleitores.
“Esses resultados não refletem o sentimento das ruas nem os números das nossas pesquisas internas. Estamos convencidos de que houve uma manipulação deliberada para favorecer meu adversário”, afirmou Laiz.
A candidata do PSD anunciou que já acionou sua equipe jurídica para contestar oficialmente os resultados e pediu uma auditoria na pesquisa.
O caso gerou grande repercussão entre os eleitores, assim como nas redes sociais, levantando discussões sobre a confiabilidade das pesquisas eleitorais e o impacto que possíveis manipulações podem ter no resultado das eleições.
“Não vamos permitir que essa tentativa de fraudar a vontade popular passe despercebida. A Justiça Eleitoral já foi acionada, e confiamos que a verdade prevalecerá”, declarou Laiz.
Irregularidades
O advogado Dr. Wuodson Pereira, especialista em direito eleitoral e representante de Laiz, apresentou as irregularidades observadas:
- Ausência de identificação da área física de realização da pesquisa: Não houve o registro previamente da identificação dos bairros onde a pesquisa foi realizada. O artigo 2°, IV, da Resolução TSE 23.600/2019 determina que essa informação deve ser prestada antes da realização da pesquisa.
- Ausência de identificação dos entrevistados: Toda pesquisa eleitoral deve ser alvo de auditoria para verificar o nível de confiabilidade dos dados coletados.
- Inconsistências entre o plano amostral/ponderação e a fonte de dados: A Resolução TSE 23.600/2019 exige que as empresas indiquem as fontes dos dados usados, mas as informações fornecidas pelo instituto de pesquisa não permitem a conferência adequada do plano amostral. A pesquisa utilizou dados de 2010 e um salário mínimo de R$510,00, valores defasados, o que poderia induzir o eleitor ao erro.
A pesquisa
O Instituto IPAN/Panorama realizou a pesquisa em Divinópolis entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro de 2024. A amostra incluiu 781 eleitores, com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,5%, para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pelo Partido Liberal (PL/MG), assim como registrada no TSE/MG sob o número: 04475/2024.