Área próxima a represa na mina do Córrego do Feijão, perto de Brumadinho, Brasil, é retratada após o colapso do dia 25 de janeiro de 2019 nesta foto de satélite de 26 de janeiro de 2019 obtida pela Reuters em 27 de janeiro de 2019.

Servidores do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) usaram um helicóptero Pegasus da Polícia Militar para sobrevoar área atingida pelos rejeitos

Com informações do Estado de Minas

As águas do Rio Paraopeba contaminadas pela lama de rejeitos da barragem B1 da mina do Córrego do Feijão já chegam a cidade de Pará de Minas, na Região Centro-Oeste do estado. A constatação partiu de servidores do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que sobrevoaram a área nesta quarta-feira (31), em um helicóptero Pegasus, da Polícia Militar.

O material, antes de chegar na calha do rio, se espalhou por 290 hectares, área equivalente a 290 campos de futebol, atingindo também comunidades próximas e áreas de cultivo. De acordo com os dados apurados, nessa terça-feira (29), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a lama de rejeitos minerais seguiu pelo Ribeirão Ferro-Carvão, até desaguar no Rio Paraopeba, depois de percorrer cerca de nove quilômetros.

O governo estadual informou, também, que está fazendo o monitoramento da qualidade da água e dos sedimentos no Rio Paraopeba e seus afluentes. A análise está sendo feita em 47 pontos. São 18 estações de monitoramento já existentes e outras 29 emergenciais, geridas em um esforço conjunto do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), da Copasa), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Agência Nacional de Águas (ANA).

De acordo com a Semad, monitoramento contempla parâmetros básicos de qualidade de água (temperatura, oxigênio dissolvido, turbidez e pH), entre outros. O acompanhamento é feito desde local do acidente, percorrendo o Rio Paraopeba à sua foz, até o reservatório da Usina Hidrelétrica Três Marias (no Rio São Francisco), por uma extensão de 335 quilômetros.

Analistas da Semad fazem o monitoramento da área atingida por meio da análise de imagens de satélite.