Poliany Mota
Mesmo com a demissão de cinco funcionários e corte pela metade do número de vagas no Lar das Meninas, o presidente da entidade Maurício Paiva alerta que a situação ainda é crítica e caso não haja estabilização financeira a instituição corre o risco de fechar as portas.
No dia 05 de junho, cinquenta crianças foram dispensadas e cinco funcionários demitidos, sendo que um ainda cumpre aviso prévio. A medida é uma tentativa de reduzir custos para conseguir manter o Lar em funcionamento. Uma das causas da crise, segundo o presidente, é a falta de alunos no curso de costura, principal fonte de renda da entidade. Na tentativa de atrair alunos, o horário das aulas foi mudado para o turno da noite, entretanto apenas quatro pessoas se inscreveram.
“Mudamos o horário do curso para ver se estimulava a procura, mas não obtivemos sucesso. Até agora só apareceram quatro pessoas interessadas e para as aulas começarem precisamos de 12 alunos. Se não conseguimos preencher as vagas, o curso terá que ser encerrado, ele tem que se auto-sustentar, nós não temos como manter um funcionário sem receber nenhum recurso para pagá-lo”, explicou Maurício Paiva.
O presidente da instituição ressalta que o problema do Lar não envolve alimentação, mas a falta de dinheiro para a folha de pagamento e manutenção. “Nosso problema não é alimentação, é dinheiro. A maioria das pessoas ajuda com cestas básicas, não temos muitas doações em dinheiro. Esperamos com os cortes conseguir manter as outras crianças, porém, se a nossa arrecadação mensal diminuir teremos que demitir todos os funcionários e encerrar as atividades”, concluiu.
Antes dos cortes, a entidade recebia 100 alunos até 12 anos. Agora o Lar das Meninas está trabalhando apenas com 50 crianças, de quatro a seis anos idade, 25 no turno da manhã e a outra metade no período da tarde.