Amanda Quintiliano
Sem a presença do autor, o vereador Sargento Elton (PEN), a emenda à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) rendeu longa discussão em plenário. Após muito bate-boca a matéria foi aprovada, mas já é considerada inviável por alguns parlamentares.
A aprovação da emenda não significa que a secretaria será criada. A LDO apenas direciona a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) que será apreciada no final do ano. Caberá ao prefeito, Galileu Machado (PMDB) definir se acatará a sugestão ou não de Sargento Elton. Para isso, é necessário a elaboração e aprovação de outros projetos.
O presidente da Câmara, vereador Adair Otaviano (PMDB) foi o mais realista. Diante da calamidade financeira ele reconheceu a inviabilidade de tirar do papel a implantação de qualquer secretaria neste momento. Segundo ele, isso poderá custar R$4 milhões aos cofres municipais, desde folha de pagamento a estruturação com a criação da guarda municipal.
Ele chamou a atenção ainda pelo fato da emenda gerar custos ao município.
“É a mesma coisa de você ter o orçamento para a sua casa e chegar alguém de fora e dizer que você terá que ter mais gastos sem você poder”, acrescentou, dizendo que é aprovar para não ser cumprida.
O vereador, Renato Ferreira (PSDB) compartilhou a mesma opinião e disse que é necessário consciência já que, no momento, o município não conta com o recurso necessário.
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No início de junho, Sargento Elton havia defendido o corte de alguns gastos, como gestão do Aeroporto Brigadeiro Cabral para custear, por exemplo, a guarda municipal. Ele disse que seriam necessários cerca de R$150 mil. A estrutura e equipamentos seriam fornecidos pela Secretaria Nacional de Segurança.
Sargento Eleton estava em Brasília nesta terça (04) participando de reuniões no Ministério da Justiça e por isso não participou da votação.
A LDO foi aprovada por unanimidade com emendas também dos vereadores Zé Luís da Farmácia e de Nêgo do Buriti.