Amanda Quintiliano

 

Servidores estaduais atingidos pela derrubada da Lei 100/2007 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram, na tarde desta segunda-feira (04), em Divinópolis para levantarem as principais demandas. Os problemas, classificados como concretos, serão levados para o governo estadual, na terça-feira (12) da próxima semana. A ideia é construir alternativas para evitar grandes impactos.

 

A principal preocupação é com os profissionais que estão afastados por motivo de doença. Assim que a lei entrar em vigor com o afastamento de todos os servidores, eles irão ser direcionados para o INSS. Caso a perícia indefira a continuação da licença, o servidor irá sair com uma mão na frente e outra atrás. Sem nenhum benefício.

 

Servidores aproveitaram para tirar dúvidas (Foto: Amanda Quintiliano)

Servidores aproveitaram para tirar dúvidas (Foto: Amanda Quintiliano)

 

“São várias as situações, e o sindicato está ouvindo a categoria para levar questionamentos na reunião com o governo”, disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Giselda Santos.

 

Estima-se que, só em Divinópolis, entre 1,5 mil a dois mil servidores estejam na expectativa da lei 100. Outra preocupação é em assegurar algumas vantagens a esses profissionais, por exemplo, garantir os sete anos trabalhados na contagem de tempo. Desta forma, este período seria levado em consideração no momento da designação.

 

A previsão é de que até o final deste mês todas as pessoas que se enquadram na lei 100 sejam afastadas dos cargos. Inicialmente serão convocados os candidatos aprovados no concurso público de 2011. A validade do processo de seleção termina no final deste ano e deverá ser prorrogado por mais dois anos. Antes das novas convocações o Sind-UTE quer outra explicação.

 

“Alguns convocados no último concurso não completaram o cargo, eles ficaram com seis, oito aulas, por causa do pessoal da lei 100. Então a gente quer ver se esses professores poderão completar o cargo antes da convocação de outros professores”, salientou Giselda.

 

Este questionamento também será levado ao governo do estado. Em toda Minas Gerais, aproximadamente 98 mil servidores caíram na lei 100 e estão na expectativa dos próximos desfechos.