Em entrevista exclusiva concedida ao PORTAL GERAIS, no programa “Sem Cortes”, durante esta segunda-feira (11), o deputado federal Domingos Sávio deu mais detalhes sobre as motivações de sua saída do PSDB e a escolha pelo Partido Liberal (PL), o mesmo partido no qual o presidente Jair Bolsonaro irá concorrer à reeleição, em 2022.
No bate papo, o deputado afirmou que deixou o PSDB, após 34 anos, depois de se deparar com o distanciamento do partido das origens.
Para ele, os tucanos não apresentaram a sociedade uma alternativa confiável, em meio a uma eleição polarizada. Para ele, há a possibilidade de se eleger o presidente em primeiro turno.
“Quando o partido começa a estar mais sendo rejeitado do que aceito, quando o partido se distancia, se desvincula dos anseios da sociedade, é sinal de que ele está perdendo o seu vigor e infelizmente o PSDB, que já foi um grande partido, na minha percepção, até por estar hoje dividido, não consegue definir uma candidatura de âmbito nacional, no momento em que o país está numa encruzilhada”, afirmou.
Neste cenário, Sávio afirmou que após tanta vivência na política, não tem o direito de ficar omisso e se preocupar apenas com o seu mandato.
Com a polarização, o parlamentar crê que não é viável escolher o modelo do PT, no qual ele disse que é um retrocesso e que “andar para trás” não é bom para o país, criticando o período no qual Lula e Dilma estiveram na presidência da República.
“Quero continuar servindo a minha região, mas não quero ficar omisso nessa eleição. Volto a dizer, uma eleição que pode até se resolver no primeiro turno, tamanha a polarização que está hoje e diante disso, eu entendi que pela ausência de uma proposta clara do PSDB, eu tinha que buscar uma outra alternativa. Então me filiei ao PL, hoje o partido do presidente Bolsonaro, não tenho dúvida de que tem muito que aprimorar, que sempre temos que buscar melhorar o Brasil, mas tenho absoluta segurança de que não é andando para trás, não é voltando para um governo do PT, que vamos melhorar, porque já vivemos isso”, enfatizou relembrando o impeachment da ex-presidente Dilma.
“Me lembro claramente da luta que foi para fazermos o impeachment, porque tínhamos chegado a um ponto de corrupção, de deterioração do poder, que o Brasil se envergonhava de tudo que estava acontecendo, não só com a Lava Jato, com o Mensalão, o Brasil se envergonhava da política, porque ela chegou literalmente no fundo do poço, naquele momento em que foram milhões de brasileiros nas ruas, se manifestar, pedindo o impeachment. Eu era líder da oposição, não posso fingir isso e esquecer do que aconteceu”, declarou.
Domingos seguiu as críticas, dizendo que existem problemas com o atual governo, mas que não é uma “roubalheira generalizada” e comparou os modos de agir de Lula e Bolsonaro.
“Eu costumo dizer o seguinte: às vezes o Bolsonaro nos incomoda pelo o que ele fala. Pois ele é muito espontâneo, fala o que vem na cabeça, não está muito preocupado em agradar com a fala, mas o problema do Lula não é o que ele fala, porque no que ele fala não dá para acreditar. Ele não tem nenhuma preocupação com a verdade”, citou mencionando a declaração do ex-presidente sobre o aborto.
“Agora, há poucos dias, ele defendia o aborto, aí de repente a imprensa, a sociedade, questionaram e no dia seguinte ele disse “não, não é bem assim. Eu não defendo não”. Ele é um mentiroso confesso. O problema do Lula não é o que ele fala, o problema do Lula e do PT é o que eles fazem. Eles roubam o Brasil, dissimulam, enganam, não respeitam o direito de propriedade. Eles exploram a pobreza e colocam ela à serviço deles. E eu não quero isso pro Brasil”, disse o deputado federal.
A entrevista na íntegra pode ser assistida em nosso Instagram (@portalgerais) ou no anexo, logo abaixo.