Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, conhecido como Luluinha, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) com queixa-crime contra o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) nesta quarta-feira (8).
O deputado repetiu por diversas vezes na imprensa de Minas Gerais calúnias contra Fábio. Mesmo depois de interpelado judicialmente a explicar as mentiras que contou sobre propriedades rurais em nome do filho do ex-presidente, Sávio apelou à imunidade parlamentar para não prestar explicações e continuar difamando a família de Lula.
A queixa-crime apresentada nesta quinta-feira (09) vem após a ministra do Supremo, Rosa Weber, determinar em maio o arquivamento de uma primeira “interpelação” encaminhada ao STF. Na época, Domingos afirmou “não ter atingido a honra do requerente, motivo pelo qual (…) não vê razões para responder às indagações formuladas na interpelação”.
Durante a entrevista à Rádio Minas, de Divinópolis, o tucano teria afirmando que “O Lulinha, filho do ex-presidente é um dos homens mais ricos do Brasil e que teria enriquecido do dia pra noite”. Ele ainda teria dito que a fortuna é fruto da roubalheira que existe no Brasil e que deveria ser investigado. O filho do ex-presidente tratou as afirmações como ofensivas e mentirosas.
Após a interpelação, o deputado voltou a falar sobre o assunto e a reafirmar o que havia dito antes.
“Afirmei e reafirmo, que, em minha opinião, o Sr. “Lulinha” deve ser investigado para explicar qual a origem deste patrimônio de que nos fala diversos veículos de imprensa, além de diversos pronunciamentos, neste sentido, no Senado e na Câmara, sem jamais ser contestado pelo mesmo”, consta na nota.
Veja trecho da queixa-crime:
“Fábio Luis Lula da Silva não é nem jamais foi sócio ou manteve qualquer relação profissional com a política, ou com negócios relacionados à agroindústria, também não é, nem nunca foi, proprietário de fazendas ou propriedades rurais.
Esse esclarecimento é relevante, neste preâmbulo, porque frequentemente é vítima de atos criminosos que lhe atribuem, de forma mendaz, a propriedade e a compra de diversas propriedades rurais. Invariavelmente, tais afirmações –associadas a insinuações ou afirmações de prática ou conduta ilegal– são lançadas por pessoas que se colocam no plano político como adversárias do Partido dos Trabalhadores.”