Unidades de saúde e laboratórios foram procurados; Município alega que não foi notificado; Plano orienta sobre como pacientes devem proceder
Com o filho de 02 anos e 11 meses apresentando sintomas do coronavírus desde a última quinta-feira (12), Michelle Siqueira tem buscado meios de realizar o exame. Nesta segunda-feira (16) e terça (17), ela procurou laboratórios de Divinópolis e unidades básicas de saúde, mas não conseguiu realizar o teste.
João Gabriel – portador de sindrome de down – apresentou os primeiros sintomas na quinta-feira (12). No mesmo dia, ele foi levado pela mãe ao Complexo de Saúde São João de Deus.
“Neste dia ele estava apenas com um pouco de tosse seca”, conta
No final de semana ele piorou. Na segunda (16), ela procurou o médico específico da criança na clínica.
“O pediatra disse que ele está com todos os sintomas e que pediria por partes os exames. São os mesmos sintomas também da pneumonia. Ele está com febre, desanimado, tosse, coriza”, conta.
Entre os exames solicitados estava o do Covid-19.
“Quando eu vi, fiquei preocupada. Fui aos laboratórios, mas eles disseram que não estavam fazendo. Hoje pela manhã procurei a unidade de saúde e eles disseram também que não fazem lá”, conta.
Nesta terça-feira (17), João Gabriel amanheceu com febre de 38.8º. Michelle disse que iniciou o antibiótico na segunda e que irá repetir os exames já realizados nesta quarta-feira (18), conforme orientação médica.
Ela também tentará contato com o plano de saúde do filho para saber quais as possibilidades e como realizar o exame do coronavírus, já que houve encaminhamento médico.
Sem notificação
Em nota, a Prefeitura de Divinópolis informou que definir os suspeitos de coronavírus é um critério do médico. No atendimento, o profissional define se vai enquadrar o caso como suspeito e se vai pedir a coleta de material para exame. A Semusa não foi informada desse caso em específico e por isso não houve a coleta.
Já a Unimed disse que os usuários do plano que precisarem fazer o exame devem pedir a algum responsável para levar o encaminhamento médico até a sede. Lá, ele passará por auditoria que irá ou não autorizar. Só serão analisados os dos pacientes que apresentarem os sintomas e tiverem o direcionamento médico. Não há um prazo estipulado para a liberação. As demandas, em Divinópolis, tiveram início nesta segunda (16).