Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica foi implantada pela Polícia Militar; Cinco equipes de prevenção serão formadas nas cidades polos
Só no primeiro semestre deste ano foram registrados cerca de 4,2 mil casos de violência contra mulheres na região Centro-Oeste. Para tentar reduzir este número a Sétima Região da Polícia Militar (PM) realizou, nesta terça-feira (16), em Divinópolis, a inauguração da implantação da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica. O papel do serviço é apoiar as mulheres nestas situações, ocorridas em ambientes intrafamiliares.
De acordo com o coronel da Sétima Região, Webster Pereira a média anual de casos chega a 8,3 mil quando considerados os 50 municípios. Neste número estão incluídos feminicídio, lesão corporal. Quando comparado o primeiro semestre deste ano com o do ano passado houve um aumento de 200 casos.
Segundo a Tenente Coronel Nirlaine Barroso, coordenadora regional da PPVD, estão sendo lançadas cinco equipes de prevenção, tendo nas composições, pelo menos, uma policial militar. Estas serão implantadas nas cidades polo da região, sendo Divinópolis, Bom Despacho, Nova Serrana, Pará de Minas e Formiga.
“É um serviço especializado, que trabalha com uma melhor capacitação do policial militar e na humanização da atividade para o atendimento a estas vítimas. A nossa missão é reduzir as ações criminosas destes agressores e proporcionar uma redução na revitimização daquela mulher, considerando que a violência doméstica tem se caracterizado por um ciclo de violência, em que ocorrem as ameaças, depois a agressão, há uma retomada da passividade, mas logo na sequência temos um novo registro de agressão. Então é quebrar este ciclo, com visitas domiciliares”, informou ao PORTAL CENTRO-OESTE.
Polícia Civil
O delegado regional de Polícia Civil, Leonardo Pio disse que com a implantação da patrulha terá uma maior eficiência no processo de orientação às vítimas, fomentando nelas o propósito de denunciar e em especial, quanto a fiscalização das medidas protetivas.
“Na cidade de Divinópolis temos um número próximo de 600 ocorrências, mas é importante frisar que se compararmos o ano de 2018 com 2019, o índice é 10% menor, ou seja, significa que a atuação em rede das polícias tem funcionado bem”, finalizou.
Segundo a PC, não há, a um ano, registros de feminicídio em Divinópolis.