Professores e trabalhadores da educação também participaram do ato

Estudantes, professores e trabalhadores da educação participaram, nesta quarta (15), da manifestação em defesa das universidades federais, investimento na educação básica e contra a reforma da previdência, em Divinópolis. Centenas de manifestantes coloriram o quarteirão fechado da rua São Paulo.

Em um ato pacífico, jovens, adultos, adolescentes e até crianças ocuparam a Avenida Primeiro de Junho dando passagens para os carros quando o sinal de trânsito abria.

Frases como “educação é investimento”, “são livros e não as armas que melhoram o país”, “balbúrdia é seu governo” tomaram conta da via.

“Nós, estudantes, somos o futuro da nação e temos que lutar por isso. A fonte motivadora de qualquer transformação é sempre a educação. Educação não gasto é investimento primordial para qualquer sociedade”, disse o estudante da Escola Estadual Joaquim Nabuco, João Vitor.

Paralisação

Os sindicatos estimam que 5 mil pessoas participaram do ato.

Em Divinópolis, 15 escolas da rede estadual paralisaram as atividades totalmente, oito parcialmente e nove funcionaram normalmente.

O balanço da rede municipal não foi divulgado.

A Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg),  a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e o Cefet também aderiram a greve geral e não houve aula nesta quarta (15).

Reflexo

Fotos: Amanda Quintiliano

Professores e diretores das universidades também acompanharam o ato e deixaram claro serem contrários aos cortes que podem chegar a 40%, como no caso da UFSJ.

“As universidades como um todo, têm vários contratos de terceirizados, cargos estes extintos pelo governo há anos – pessoal de limpeza, de vigilância, segurança. Este corte irá impactar na segurança do campus e na qualidade do ensino de pesquisa e extensão na região”, disse o diretor na UFSJ, campus Dona Lindu, Eduardo Sérgio Silva.

“Todos os nossos laboratórios são mantidos com recursos para a realização de pesquisa e graduação, então este corte diminui também insumos para estes laboratórios, impactando nas atividades de ensino e pesquisa”, completou.

O corte

O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. Este corte foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas.