(Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Júlia Sbampato

O vereador de Divinópolis Marcos Vinícius (PROS) lamentou a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em sua fala na Reunião Ordinária da Câmara desta terça-feira (22). Fez ainda uma provocação de um ato público contra a passividade do que chamou de “situação desumana” atual. No local há mais de 50 pessoas aguardando por leitos.

O edil, em palavra durante a reunião, lamentou a situação de precariedade que Divinópolis está passando já há algum tempo. Enfatizou que, especialmente nesses últimos meses a situação se agravou e chega a ser desumana.

A crítica do vereador, segundo ele, não se trata aos funcionários “abnegados, dedicados e valorosos” que lá estão. Ele coloca que a situação poderia estar muito pior se não fosse o profissionalismo de quem trabalha lá.

Segundo o mesmo, a falta de estrutura, de incentivo, e principalmente a falta de leitos hospitalares tem trazido uma situação sem precedentes para Divinópolis.

Marcos Vinicius alertou que o Estado chegou ao cúmulo de não conseguir atender, nem mesmo com determinação judicial, paciente internados na unidade.

“Hoje a judicialização tornou-se um caminho comum, cada vez mais recorrente num sistema que não funciona mais. E esta tem trazido uma esperança que não se justifica e nem prospera porque muitas vezes as pessoas morrem antes mesmo que a ordem judicial seja cumprida”, comentou.

O vereador se refere ao caso de uma idosa de 80 anos que já conseguiu a liminar, deferida pela justiça, mas ainda não foi transferida para o hospital.

“Se é para parar, vamos parar”, provoca à comissão de saúde, agora composta pelos vereadores César Tarzan, Renato Ferreira e Ademir Silva, a fazer um ato público, contra a aceitação da passividade desta situação desumana.

Hospital Regional

O vereador traz sua preocupação quanto ao pronunciamento do Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que fala que não é prioridade de o seu governo dar continuidade as obras para conclusão do hospital público regional.

A obra que passa dos R$100 milhões, está parada e abandonada, sujeita a depredação e ocupação indevida. Marcos Vinicius coloca que é um dinheiro público desperdiçado, numa situação tão emergente como a saúde pública.

 “Essa não é a bandeira de uma pessoa só, é uma causa que envolve milhares de pessoas. Estou falando não só de Divinópolis, mas de uma macro-região que fica num engessamento e tem muita gente fazendo vistas grossas, fingindo que está tudo bem quando estamos atravessando uma precariedade e uma situação desumana”, coloca o vereador.