O ato simbólico de filiação do PSB causou alvoroço nos bastidores políticos. Isso porque o vereador, Marcos Vinícius (PSC) assinou, simbolicamente, uma ficha de filiação. Entretanto, o documento não tem validade. O parlamentar ainda não deixou o PSC e só fará isso caso a presidente Dilma Rousseff (PT) sancione o trecho da reforma política que trata da “janela partidária”.
Caso a emenda aprovada seja sancionada, será permitida a migração de legenda a cada dois anos, um mês antes do período de filiação. Pelas regras atuais, os parlamentares só podem mudar de partido sem correr risco de perder o mandato se forem para uma legenda recém criada – exceto no caso de eleições majoritárias, como senadores e prefeitos.
Se o vereador oficializasse a desfiliação do PSC e a filiação ao PSB antes desta sensação, ele poderia perder o mandato por infidelidade partidária. Neste caso, o suplente Renato Ferreira poderia requerer a vaga, já que Beto Machado deixou o PSDB.
Namoro
O ato simbólico foi na última sexta-feira (11) durante a visita do prefeito de Belo Horizonte e presidente estadual do PSB, Márcio Lacerda. Em um jantar para empresários e militantes, várias pessoas assinaram a ficha de filiação. Marcos Vinícius disse que essa assinatura significa apenas o início do “namoro” com o partido.
“Houve a visita do prefeito Márcio Lacerda, e conhecendo minha história, e com informações obtidas aqui, ele me fez o convite dizendo que está interessado em fazer a reestruturação do PSB na cidade, e que com meu histórico o meu nome poderia compor até projetos maiores nas eleições 2016, as vezes para formação de chapa como vice. Mas isso é apenas o início de um namoro que pode virar ou não em casamento”, argumento.
A “janela partidária” é apenas um dos obstáculos para a oficialização da filiação. Mesmo que a migração de partidos seja autorizada, ele ainda irá analisar vários prós e contras.
“Política é igual as nuvens, você olha está de um jeito, olha outra vez e está de outro jeito”.
PSC
Marcos Vinícius foi candidato a prefeito pelo PCS e a deputado estadual. Nesta última disputa chegou a ter quase 20 mil votos. Ele ainda foi eleito vereador, com 2,7 mil votos, na coligação com o PSDB. O parlamentar disse que sua saída do partido já foi discutida com a direção estadual.