O vereador não descartou apresentar um novo projeto após as eleições (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Após o vereador Marcos Vinícius (PSC) afirmar que Divinópolis está caminhando para a “ingovernabilidade”, ele usou a tribuna da câmara novamente, desta vez para apontar meios de ampliar a receita do município. A principal alternativa citada pelo parlamentar é a atualização e revisão da planta de valores do IPTU. Atualmente, relatou, há imóveis de R$ 1 milhão, avaliados em R$ 100 mil.

“Neste caso o pobre não será prejudicado, pois há a taxa básica mesmo com a revisão dos valores”, afirmou.

O vereador defendeu a manutenção dos benefícios dos servidores (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

O vereador defendeu a manutenção dos benefícios dos servidores (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

A otimização do serviço público foi outro ponto citado por ele. Na prática isso significaria corte de comissionados e contenção de despesas com água, luz, aluguéis.

“O próximo prefeito terá que cortar na própria pele e cortar os cargos comissionados. O prefeito Vladimir Azevedo já tem feito, mas o próximo terá ainda mais que cortar […] A conclusão do Centro Administrativo também resolverá a questão dos aluguéis”, comentou.

O vereador ainda criticou a ausência de incentivos para a captação de empresas.

“Há quanto tempo essa cidade não recebe uma empresa para gerar emprego e renda? Não temos um projeto consistente para atrair empresas. É um retrocesso o que estão fazendo com essa cidade que não tem como competir com outras”, enfatizou.

“Precisamos de gestão empresarial, de pessoas que sejam técnicas, que tenham experiências para gerirem essa cidade”.

O que não pode

A fala de Marcos Vinícius não ficou restrita apenas às exemplificações. Depois de ser criticado pelos servidores e apontado como traidor ao anunciar o fim do “gatilho salarial” – do índice de reajuste – ele saiu em defesa da categoria. Disse que os servidores não podem ser prejudicados para ampliar a receita e que todos os benefícios adquiridos devem ser mantidos.

“Não pode também aumentar os impostos que penalizam a população que já sofre com a carga tributária alta, inclusive com taxa de cemitério”, concluiu.

 Com o discurso afinado em “gestão”, o parlamentar se aproxima da proposta do PSB, do presidente da Fiemg, Afonso Gonzaga. Apesar dos impasses entre Marcos Vinícius e a Comissão Provisória do partido, a filiação dele ainda não foi descartada.