Diego Henrique
Justiça! É o que clama o marido da mulher de 36 anos que foi morta na última terça-feira (31) próximo a praça Candidés em Divinópolis. Márcio Evaristo que estava com a esposa no momento do crime, participou nesta segunda-feira (06) de uma simulação, onde o delegado responsável pelo caso e um perito criminal buscaram entender o que aconteceu.
Segundo Marcio Evaristo, esposo da vítima, eles seguiam em um veiculo Fiat Uno, quando próximo ao segundo semáforo da Praça Candidés, um rapaz de capacete passou em frente ao veículo e efetuou um disparo.
“Ela percebeu o movimento primeiro, eu tentei sair do meio da movimentação e de repente um rapaz com capacete fez sinal para que eu parasse, porém eu achei que ele estava querendo somente atravessar a via, nunca imaginava que seria um ataque contra nós,” afirmou Marcio.
O homem acredita que a esposa dele tenha sido assassinada por engano. Segundo ele, a mulher não tinha motivos para ser morta.
“Se fosse um assalto, não seria mais fácil eu estar parado? Vai me assaltar em movimento? Sou um cara que financeiramente não tenho nada, só tenho o veículo. Eu não carregava nada de valor. Era uma execução e acredito que o veículo seria igual ao meu. Acho que fomos confundidos”, disse.
De acordo com o delegado Marcos Henrique, a simulação foi feita para determinar de onde partiu o disparo que atingiu a vítima.
“Ainda não ficou preciso de onde o disparo partiu. Realizamos uma simulação e junto com o laudo de necropsia e todo trabalho pericial, nossa intenção é, de maneira técnica, determinar de onde partiu o disparo”, explica.
Como Marcio Evaristo alega não ter visto de forma clara o que aconteceu, o perito criminal Carlos Eduardo simulou três possibilidades de onde o disparo poderia ter partido.
“Uma das possibilidades é de o tiro ter partido do homem que estava de capacete em frente ao veículo, bem como posicionamos outro veículo na frente do carro onde a vítima estava e visualizamos a possibilidade do disparo ter partido desse veículo. Outra hipótese é de uma motocicleta que poderia estar posicionada em uma via que fica próximo ao local do crime”, conta o perito.
A Polícia Civil aguarda a elaboração do laudo da perícia para que os próximos passos sejam estipulados. Ainda de acordo com o delegado, não há suspeitos do crime e a motivação ainda não foi esclarecida.
“Acreditamos em uma morte por engano. Alguém se confundiu com o veículo da vítima porque não há justificativa para o crime. Ela não estava envolvida com nenhum tipo de delito. Tanto ela, quanto ele não tinham histórico criminal”, pontuou.
O marido da vítima acredita que “a justiça vai ser feita”.
“Acredito na justiça Divina, indiferente de quem tenha praticado o crime”, finalizou.