Prefeito prepara pacote de modernização de leis para ser encaminhado à câmara
Marilândia – distrito de Itapecerica – deverá receber o Parque Empresarial e Tecnológico. O projeto audacioso está estimado em R$400 milhões e deverá ser executado em 10 anos na área conhecida como Fazenda Varjão, próximo a Divinópolis.
O Parque Empresarial e Tecnológico, totalmente sustentável e gerido por fundos imobiliários, deverá contar com aeroporto, campo de golfe, lago, resort, centro industrial, área residencial, usina fotovoltaica e centro tecnológico para incubadores de empresas e startups. Estão previstas cerca de 5 mil residências com capacidade para 15 mil habitantes.
O local tem área total de 15 milhões m² e o projeto vai ocupar um espaço de 9 milhões m² .
O trabalho de captação de investidores é encabeçado pela YKS Consultoria e também pela Agência de Desenvolvimento do Grupo Educação, Ética e Cidadania (Geec).
Eles contam com o respaldo do prefeito, Wirley Reis para a mobilização junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
A participação pública dentro do empreendimento deverá ficar por conta das instituições de ensino como Cefet, Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Município
Para tirar o projeto do papel, além do recurso milionário, é necessária uma série de adequações das normas municipais vigentes.
Nas próximas semanas o prefeito deverá encaminhar a Câmara os projetos regulamentando a Parceria Público Privada (PPP) e modernizando o Código Tributário. Também deverá ser protocolado um específico do Parque Tecnológico.
“Estamos viabilizando e vamos encaminhar, nos próximos dias à Câmara Municipal os projetos […] Este Parque vai colaborar com o desenvolvimento do distrito de Marilândia através de uma parceria com a iniciativa privada, porque o Poder Público não consegue sozinho movimentar e fazer todos os serviços necessários”, comentou o prefeito.
A expectativa é que as propostas sejam aprovadas este ano.
Ainda no esboço, também está prevista para até dezembro a conclusão do projeto do Parque Tecnológico e o Termo de Cooperação Técnica do Ministério de Ciência e Tecnologia com o empreendimento.
Parque Empresarial X Cidade Tecnológica
Divinópolis encabeçou a implantação da Cidade Tecnológica, entretanto travou em burocracias. No meio do caminho também se deparou com a crise financeira que forçou investidores a recuarem.
Apesar da similaridade dos nomes, consultores que acompanham as duas inciativas afirmam que a Cidade Tecnológica e o Parque Empresarial possuem atribuições diferentes. Um dos diferenciais, por exemplo, é o resort e a ampla diversidade de lazer.
Na cidade polo do Centro-Oeste o projeto está adormecido. O investimento, na época, estava previsto em R$ 500 milhões, com previsão de geração de mais de cinco mil empregos diretos.
Ele ainda previa a atração de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões em aportes de indústrias e empresas de base tecnológica.