Já está nas mãos do prefeito de Divinópolis, Vladimir Azevedo (PSDB), da secretária municipal de Saúde, Kênia Carvalho e da superintendente regional de Saúde, Glaucia Sbampato o comunicado sobre o fechamento da maternidade do Hospital São João de Deus. O documento entregue no dia 03 de junho informa que a partir do dia 03 de julho o serviço será suspenso.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16) pelo presidente da Comissão de Saúde, vereador Edimilson Andrade (PT) durante a reunião da câmara. Por mês, segundo ele, a maternidade dá um prejuízo de R$ 250 mil para o hospital. As promessas de aporte e inclusão em programas não foram cumpridas pelos governos estadual e federal.
Em 2014 a maternidade ficou 20 dias parada. Na época, ela só voltou a funcionar com a promessa de repasses da rede cegonha. Também era esperado o aporte de R$ 170 mil. Por mês são realizados 240 partos, 180 apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os demais por convênios e particular, conforme informado pelo vereador.
Pressa
O impasse todo está concentrado na recontratualização do serviço do SUS. A esperança e promessa de recuperação do hospital é a assinatura deste contrato que está na mesa do secretário de Estado de Saúde, Sávio Cruz. Sem ele, o promotor Sérgio Gildin ameaçou a pedir a extinção da Fundação Geraldo Corrêa em 30 dias.
“Eu estive com o promotor e o documento para extinção da fundação já está pronto, na mesa dele. Imagina se este hospital fechar”, enfatizou Andrade.
Ao longo desta semana, segundo o vereador, o Estado começou a se movimentar e o contrato já tem passado de mão em mão para a assinatura até o final deste mês.
“No dia 27 de julho também vamos reunir os deputados, prefeitos da região para saber o que fazer. Não podemos deixar nesta situação”, completou.
A recontratualização esperada é de aproximadamente R$ 16 milhões ao ano. O montante será utilizado apenas para pagamento de procedimentos realizados pelo SUS. Isso eliminaria o déficit do hospital e o viabilizaria economicamente.