Amanda Quintiliano
O gerente de Esportes, Matheus Costa fará a devolução de quase R$ 3 mil aos cofres municipais. Em junho ele recebeu erroneamente dois meses. A falha foi confirmada após a reportagem de o PORTAL revelar, nesta terça-feira (26), que Matheus teria recebido em junho R$ 6.000,60. Um levantamento da Secretaria Municipal de Administração (Semad) confirmou o erro.
Outros dados divulgados pela Secretaria de Esportes e inicialmente confirmados pelo gerente e também pela Semad foram ratificados. Este é o caso, por exemplo, do período do atestado médico. O comissionado afastou-se por orientação médica entre os dias 28 de março a 28 de abril e não em junho, data em que recebeu o salário acumulado.
Extrato
Em março o gerente de Esportes recebeu o mês completo, totalizando R$ 2.134,00 com alguns descontos. Em abril, a remuneração foi de R$ 567,67. Ou seja, a prefeitura pagou os 15 dias do atestado, o restante foi pelo INSS. Já em maio o pagamento dele veio zerado, conforme levantamento da Semad. Em junho seguinte, ele recebeu R$ 6.000,60. A diferença é referente a maio que não foi pago.
De acordo com a Semad, o setor administrativo da Secretaria de Esportes não informou se Matheus havia retornado ao trabalho ou se estava ausente. Após ter os dias cortados em maio, partiu uma determinação da própria secretaria para a Semad orientando a reposição do mês descontado. Nem a Semad e nem a Secretaria de Esportes sabem confirmar, se de fato, o gerente esteve presente.
Até maio o ponto era por assinatura o que dificulta a comprovação. Só a partir de junho passou a ser biométrico. Entretanto, o próprio Matheus confirmou que não trabalhou em maio. O retorno na perícia, conforme atestado arquivado na Semad, foi no dia 30 de maio. De 28 de abril até essa data ele aguardou passar pelo médico sem ir trabalhar.
Na tarde desta quarta-feira (27) ele se reuniu com o secretário de Administração Beto Machado e foi confirmado que o
salário foi pago indevidamente.
“Deixo claro que foi um erro da Secretaria de Esportes e da Secretaria de Administração. Não foi um erro meu e eu estou tranquilo em relação a isso. O cálculo já será feito e o dinheiro devolvido”, afirmou e completou: “Eu não poderia trabalhar enquanto não passasse pela perícia novamente”. Disse ainda não ter conferido o contracheque e nem o extrato bancário. O pedido de prorrogação do benefício foi indeferido pelo INSS.
Ele só voltou a trabalhar em junho, conforme relatório da Semad, e em julho foi apenas três dias. Os 27 foram cortados este mês na folha de pagamento. Em agosto ele não apareceu até a última segunda-feira (25) e também deverá ter as ausências descontadas no próximo mês.
Em relação a esse período, Matheus disse que já tinha consciência que seria cortado. Ele voltou a dizer que chegou a pedir férias, mas que foram negadas por terem sido apresentadas fora do prazo. Essa versão foi confirmada pelo secretário Bernardo Rodrigues.
Secretaria
Em novo contato com Bernardo, ele voltou a afirmar que as faltas são constantes e que quando ocorrem determina a advertência e o corte dos dias faltosos. Mas, o levantamento da Semad mostra que essa medida só ocorreu este mês. O ofício chegou ao secretário, Beto Machado no dia 12 de agosto. Tanto em janeiro como fevereiro o pagamento foi normal.