Dra. Rosângela demostrou preocupação caso não haja conscientização e redução dos indicadores da Covid-19

Jéssica Augusta Pereira

A infectologista e membro do Comitê de enfrentamento à Covid-19 de Divinópolis Rosângela Guedes publicou nesta segunda-feira (07/12) mais um vídeo no Instagram alertando a população em relação ao avanço dos indicados da Covid-19. Ela citou o risco de problemas com a assistência caso não haja conscientização da população e uma reversão dos números. Este final de semana a cidade atingiu 100% de ocupação dos leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) em dois hospitais com atendimento pela saúde suplementar.

“Daí a importância da população se preocupar e colaborar com essas medidas de prevenção, a questão da máscara, do isolamento social, a questão dos eventos que não podem acontecer. Porque o problema é muito sério e o número de leitos é matemático, porque se continuar dessa forma a conta não fecha e nós podemos ter um problema seríssimo de assistência em poucos dias. Então é muito importante colocar isso e a gente se cuidar”, alertou

A médica também demonstrou preocupação quanto à discrepância entre a quantidade de leitos de CTI’s disponíveis em Divinópolis em relação ao número de habitantes na microrregião. A cidade é referência para outras sete: Carmo do Cajuru, Itapecerica, Cláudio, Perdigão, Araújos, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste. Mesmo assim, o município polo chegou a receber pacientes de outras micros ao longo da pandemia.

“Nós temos aqui 66 leitos disponíveis em UTI para pacientes Covid, sendo que hoje nós temos 14 leitos vagos para a saúde suplementar, então Unimed e demais convênios e, 17 leitos vagos para o SUS. Lembrando que esses leitos da Unimed e outros convênios são ocupados por pacientes da nossa cidade e por pacientes da nossa região, cidades vizinhas que buscam atendimento aqui. Esses leitos do SUS que ainda estão disponíveis são pactuados para toda a nossa microrregião, então eles atendem Divinópolis, mas também, pacientes que são referenciados por cidades vizinhas”, explicou.

Considerando ainda que, a cidade é o polo de atendimentos à saúde, a infectologista ressalta a quantidade de pessoas concentradas na microrregião e alerta a população para o risco de superlotação do sistema de saúde.    

“Quando se fala em microrregião, nós estamos falando de uma população de mais de 480 mil habitantes e esses leitos podem ser ocupados rapidamente se a nossa taxa de transmissão comunitária continuar dessa forma”, destacou.

Rosângela ainda destacou o baixo índice de testagem.

“Nesse final de semana foram notificados mais 317 casos, confirmados mais 43 casos e, existe essa diferença porque na verdade nós não conseguimos testar todos os casos que são notificados. Então, são testados em média 19% dos casos notificados. O número de pacientes testados é um número muito baixo ainda”, ressaltou.

Boletim

De acordo com os dados do boletim desta segunda-feira (07), no município 2.759 pessoas já foram contaminadas, dessas, 79 morreram, sendo 2,86% a taxa de letalidade pelo vírus. O que mais preocupa é o percentual de pessoas em isolamento, apenas 33%, número que condiz com os últimos registros de ocorrências por aglomerações e infração das regras de contenção de segurança na cidade.

Foto: Reprodução Instagram