Upa Divinópolis atende gestantes
340 pessoas são atendidas por mês na UPA (Foto: Shaenny Bueno)

Amanda Quintiliano

Com Diego Henrique

vereador de Divinópolis MG Hilton de Aguiar

Vereador diz que irá averiguar a denúncia (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas) de Divinópolis teria dado laudo de óbito a um paciente sem que ele estivesse morto. O caso foi denunciado pelo vereador Hilton de Aguiar (PMDB), nesta terça-feira (02). Ao dar entrada na unidade, o médico teria dito que o paciente já havia morrido. Entretanto, logo depois, ele tossiu.

O vereador não soube contar detalhes do ocorrido. Disse apenas que pediu os laudos e documentos do atendimento para o diretor da UPA, Marco Aurélio Lobão e que irá investigar como presidente da Comissão de Direitos Humanos. Cobrou ainda a participação da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e do Ministério Público na apuração dos fatos.

“Quando um paciente deu entrada na UPA, parece que com intoxicação, um médico já deu um laudo de óbito. E ao verificar se estava em óbito mesmo, não sei se enfermeiro, não tenho essa informação direito, o paciente tossiu. É um absurdo. É um caso muito sério, parece que foi no plantão do Dr. Jorge Tarabal. É uma denúncia séria e o Ministério Público precisa está por dentro, todos os vereadores, a Semusa. Precisa até o afastamento desse médico, porque não tem como um médico deste continuar trabalhando”, afirmou.

Por meio de nota a Semusa afirmou que “pode ter ocorrido uma inconformidade durante o plantão noturno do último dia 25 de maio”. Para averiguar esta situação, será instaurada uma Comissão Sindicante que irá ouvir os envolvidos no caso para, assim, serem tomadas as medidas cabíveis. Ainda segundo a Semusa, mais informações serão divulgadas oficialmente após a conclusão dos trabalhos desta comissão que não tem prazo para sua conclusão.

De acordo com informações de pessoas que trabalham na unidade e não quiseram se identificar, um médico teria atendido o paciente e estaria tentando reanima-lo. Entretanto, o profissional citado pelo vereador teria interferido e dito que o paciente já teria morrido e que não era necessário mais nenhum procedimento de reanimação. O atendimento estaria sendo acompanhado por um residente.

Quando o corpo estava sendo levado para o necrotério a enfermeira que fazia o transporte teria notado que o paciente tossiu. De imediato, eles retornaram com o homem para a sala e conseguiram reanima-lo.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o médico citado pelo vereador, mas nenhuma ligação foi atendida. Ligamos no consultório particular dele e também no Conselho Regional de Medicina (CRM). Jorge Tarabal é presidente do CRM do Centro-Oeste.