A reunião da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública (Acasp) debateu o transtorno causado aos órgãos de segurança pública após o compartilhamento de mensagens infundadas sobre um alerta de toque de recolher propagada através das redes sociais. A mensagem que percorreu por diversos grupos de Whastapp e Facebook teve início na manhã de segunda-feira (22) e teria sido supostamente enviada por bandidos em Divinópolis.
O alarme falso causou uma sensação de insegurança a população e mobilizou as polícias para averiguar e atuar, caso fosse necessário. De acordo com o Comandante do 23° BPM, Ten. Cel. Marcelo Carlos, os capitães responsáveis pelas Cias em Divinópolis foram chamados e as equipes percorreram todos os pontos citados pelas mensagens onde haveria a prática de crimes.
“A mesma mensagem, com as sinalizações e emojis idênticos foram disparadas em grupos na cidade de Pitangui, o que também gerou um alarde. O texto continha as mesmas ameaças e apenas trocaram os bairros onde ocorreriam supostamente os atos criminosos”, ressaltou Comandante da PM, Marcelo Carlos.
Ainda segundo a Polícia Militar, a comunicação da PM, que possui um contato direto com os jornalistas e profissionais da mídia, recebeu, num curto prazo de tempo, mais de 20 chamados da imprensa questionando a veracidade dos fatos.
Para o delegado Regional da Polícia Civil, Leonardo Pio atos como esses devem penalizar os culpados por tirar a ordem e tranquilidade da população.
“A investigação desses casos parte da última pessoa que propagou a mensagem e percorre uma linha regressiva até chegar ao autor. As denúncias também ajudam a punir os responsáveis”, explicou delegado, Leonardo Pio.
Ainda segundo Pio, o compartilhamento de mensagem verdadeira é considerado delito e a pessoa responde por incitação ou apologia ao crime. Se for infundada, a propagação entra como comunicação falsa de crime e constrangimento ilegal. Comprovando o ato, as penas variam de três meses a um ano de detenção.