Amanda Quintiliano
Apesar da manutenção das incertezas políticas e econômicas do país o mercado local mostrou reação. Entre janeiro e julho deste ano as exportações, considerando as empresas instaladas em Divinópolis, cresceu 106% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos sete primeiros meses do ano Divinópolis exportou US$116 milhões contra US$46 milhões em igual período do ano passado.
“Isso é muito expressivo, porque você crescer, 10%, 20%, 30%, tudo bem, mas crescer 100% tem algo diferente no mercado”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Afonso Gonzaga.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que das commodities produzidas na cidade, a metalurgia foi a principal responsável pelo desempenho positivo. Em sete meses as vendas no exterior já obtiveram números superiores aos últimos três anos.
Em 2014 o saldo foi de US$ 68,5 milhões. Em 2015, foi de US$ 74,9 e em 2016 US$ 103,5 milhões.
“Quando colocamos para a sociedade que nem tudo está perdido é verdade. Existe sim uma reação, não é uma reação a nível de 2008, mas tenho certeza que para 2018 estaremos caminhando para as oportunidades que aconteceram em 2008”, avaliou.
A reação obtida nos últimos meses, para Gonzaga, é reflexo do preparo do empresariado.
“O mercado internacional não é fácil de conquistar, mas a reconquista é muito mais difícil e nós temos reconquistado. Como temos uma balança comercial extremamente flutuante, onde temos um dólar não atrativo, você acaba criando dificuldades e, o que o empresário vez? Manteve parte dos compradores e agora está vendo oportunidade”, comentou.
Positivo
Mesmo com a reação do mercado o cenário de incertezas ainda pede cautela. Para o presidente da Fiemg, a recuperação também dependem de “confiança e credibilidade”.
“O que precisamos ter são mais pessoas com pensamento positivo. Nem tudo está perdido, pelo contrário, estamos no momento de valorizar a gestão pública, o empresário, buscar tecnologia, inovação e fazer do nosso parque industrial um parque para atender não só o Brasil, mas o mundo”, concluiu citando que as dificuldades não são exclusivas de Divinópolis, e que cidades como Uberaba, Juiz de Fora, Montes Claros também trabalham para driblar a crise, porém com união.
