Secretário de Saúde diz estar preocupado e que precisa estar um passo a frente da pandemia do novo coronavírus
A Secretaria de Saúde de Divinópolis confirmou que a partir da próxima segunda-feira(13), o município iniciará o trabalho de limpeza e preparação da ala já concluída do Hospital Regional.
“Estamos preocupados com a situação e precisamos estar um passo à frente dessa pandemia”, destaca o secretario Amarildo Souza.
Segundo ele, desde meados de março, o prefeito Galileu Machado (MDB) tenta convencer o governador Romeu Zema (Novo) dessa possibilidade, porém sem sucesso.
“Como o Estado agora está adotando esse tipo de parceria com outros municípios, acreditamos que ele terá o bom senso e a consideração de fazer o mesmo com os cerca de 1,4 milhão de pessoas da nossa região que podem ter o Hospital Regional como referência”, afirma Amarildo.
De acordo com a Semusa, o início do trabalho foi uma determinação do próprio prefeito.
“Inicialmente, faremos um trabalho de limpeza, a preparação inicial. Essa é uma ação que envolve, inclusive, outras secretarias. Claro, priorizamos o trabalho dentro das regras de distanciamento”, ressaltou.
Entenda a situação
A iniciativa de se utilizar a parte já concluída do Hospital Regional para receber pacientes relacionados à pandemia do Covid 19 foi apresentada no início de março, quando surgiram os primeiros casos suspeitos. Porém, o Governo de Minas foi contra e anunciou que preferia contratar leitos na rede hospitalar.
Mas, a ideia de utilizar o espaço existente ganhou o apoio dos prefeitos da região, através da AMVI, que reforçaram o pedido ao Estado. Mais uma vez, Zema foi contra à iniciativa. Nos últimos dias, segundo o governo municipal, o próprio governador tem visitado ações de parceria parecidas com a que foi proposta por Divinópolis.
“É por isso que estamos já fazendo a nossa parte. Estamos lidando com vidas e precisamos estar prontos para uma resposta rápida”, valorizou Amarildo Souza.
O Hospital Regional Divino Espírito Santo foi iniciado há cerca de 10. O terreno foi adquirido pelo município e repassado para o Governo do Estado, responsável pela construção. A obra está parada há cinco anos. Uma vez concluído, ele atenderia apenas pelo SUS.
A proposta de Machado é de utilizar a área destinada ao atendimento de emergência, que está concluída. Para isso, seria necessária a instalação de mobiliário e equipamentos. Ele quer a liberação de R$20 milhões já em caixas do Estado para equipar e colocar parte da unidade para funcionar com o intuito de atender pacientes da Covid-19.