Com o uso da tecnologia mais sustentável, a empresa não precisará usar barragens no futuro

A Mineração Usiminas (Musa) obteve na segunda-feira, 1º de junho, a licença de seu Sistema de Disposição de Rejeitos Filtrados. Conhecido também como Dry Stacking, o novo sistema vai permitir à Musa dar fim ao ciclo de uso das barragens para a disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento de minério.  Após a instalação do novo sistema, a Musa será um dos primeiros grandes empreendimentos do gênero no país a utilizar a tecnologia.

Com investimentos da ordem de R$ 160 milhões, será construída uma planta de filtragem, bem como as estruturas necessárias para conectar o novo sistema ao processo de beneficiamento. O valor também engloba a preparação da área que irá receber os rejeitos, formando uma pilha, e o transporte do material entre os dois pontos.

“O projeto do dry stacking é resultado de um trabalho iniciado em 2016, com os primeiros estudos, para alinharmos as operações da Musa às novas tecnologias e padrões de excelência nacionais e internacionais, gerando mais conforto para a população da região. Dessa forma, a empresa continua investindo, crescendo e evoluindo com tecnologia de ponta, reafirmando o compromisso da nossa companhia com a sustentabilidade”, afirma o diretor presidente da Mineração Usiminas, Carlos Hector Rezzonico.

A estimativa é de geração de mais de 400 postos de trabalho diretos e indiretos, com oportunidades que serão, prioritariamente, ofertadas na região, a partir do começo das obras. A expectativa da Musa é concluir a execução do projeto até fevereiro de 2021.

Ganho ambiental

Fotos: Divulgação

O processo de empilhamento a seco dos rejeitos tem com custos de implantação e de operação superiores aos das barragens de rejeitos convencionais. Entretanto, o diretor da companhia explica que os ganhos ambientais, os padrões de segurança e o conforto das comunidades vizinhas superam o custo.

Rezzonico explica que, além de eliminar a necessidade de construção de novas barragens, o processo de empilhamento a seco também permite um maior reaproveitamento da água utilizada no processo mineral. “Parte da água que terminava seguindo para as barragens junto com os rejeitos, agora será drenada e recirculada, reduzindo a necessidade de captação em poços ou rios”, conta. 

 O novo processo também demanda menor área para disposição, permite ainda mais segurança no processo e possibilita ações imediatas de controle de impactos. À medida que vai sendo formada, a pilha vai simultaneamente sendo revegetada para fins ambientais e geotécnicos. A nova metodologia apresenta, ainda, maior vida útil da estrutura, bem como oferece maior controle e estabilidade das estruturas de disposição.