Bruno Araújo disse que o MCMV precisa ser aprimorado (Foto: Guilherme Rodrigues/PCO)

O ministro das Cidades, Bruno Araújo reafirmou, nesta quarta-feira (29), em Divinópolis, a proposta de um novo programa social para subsidiar a reforma de imóveis de famílias com renda entre 0 a 3 salários mínimos. A informação foi repassada durante a inauguração de um conjunto habitacional na cidade. Foram entregues 650 moradias pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV) para famílias com renda entre R$ 2,3 e R$ 3,6 mil.

O projeto prevê a liberação de R$ 3 mil a R$ 5 mil para a compra de materiais de construção para, por exemplo, arrumar telhado, sistema elétrico, banheiro. Estima-se a existência de 15 milhões de famílias que vivem em unidades habitacionais em situação precária. Apesar disso, o programa deverá beneficiar 1 milhão nos dois primeiros anos.

“Esse programa continua em estudos e a ideia é usar engenheiros e técnicos para ajudar não só na redução de custo, mas na qualidade, segurança e estética”, explica.

Nesta quinta-feira (30), Araújo terá uma reunião no Ministério do Planejamento para discutir o custo do projeto e previsão dele no orçamento de 2017.

Irregularidades

Bruno Araújo disse que o MCMV precisa ser aprimorado (Foto: Guilherme Rodrigues/PCO)

Bruno Araújo disse que o MCMV precisa ser aprimorado (Foto: Guilherme Rodrigues/PCO)

Este foi apenas um dos pontos abordados pelo ministro das Cidades. Araújo ainda comentou as irregularidades envolvendo o Minha Casa, Minha Vida. Em Divinópolis, as denúncias já pararam na Polícia Federal. Há casos de locação, venda e ocupação indevida. Segundo o ministro, o problema se repete pelo país.

“Temos não só problemas de brasileiros que receberam as casas e as comercializaram, como temos informações de unidades tomadas por milícias e a população devidamente registrada e proprietária foi retirada”, citou.

A Secretaria Nacional de Habitação já recebeu a orientação de estudar os casos e apresentar soluções. Outro problema que aflige o programa é a inadimplência dos beneficiários.

Gargalos mais simples também assombram os moradores dos conjuntos habitacionais da faixa 1 do MCMV, por exemplo, do Copacabana e também Elizabete Nogueira. Desde que as chaves foram entregues os serviços dos Correios não chegam aos conjuntos.

“Alguns pesquisadores apontam problemas como Correios distantes, ausência de telefone público e problema de segurança. Isso é reflexo de um equipamento enorme que chega sem a devida integração com os sistemas. Isso precisa ser aprimorado, mas não contamina a funcionalidade, necessidade e manutenção do programa”, afirmou sem dar sinais de quando este gargalo será resolvido.