Celebração litúrgica é a única do ano que convoca todo o clero diocesano
Marcelo Lopes
Nesta Quinta-feira Santa (29), foi celebrada na Catedral do Divino Espírito Santo, em Divinópolis, a tradicional Missa do Crisma, ou Missa dos Óleos, como é também conhecida em outras regiões do país.
Esta é a única celebração litúrgica do ano que convoca todo o clero diocesano, onde os padres realizam a renovação das promessas sacerdotais e reúne toda a Diocese de Divinópolis, que é composta por 54 paróquias presentes em 25 cidades da região.
“Esta missa possui significados importantes. Em primeiro lugar, ela quer juntar, congregar toda a igreja diocesana. Nela estão o bispo, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, enfim. Toda a comunidade está aqui. Imaginamos que estejam presentes caravanas de praticamente todas as paróquias. Então, é uma celebração que expressa a diversidade e a unidade de nossa Igreja”, diz o bispo diocesano, Dom José Carlos.
Durante o ato litúrgico, se realizou a benção dos óleos, como os do catecúmenos (aqueles que serão batizados), dos enfermos e do crisma, também com a unção crismal dentro do batismo e para os padres, que têm as mãos ungidas ou os bispos, com a cabeça ungida. Estes materiais sacramentais serão usados ao longo deste ano, até a próxima Quinta-feira Santa.
Nesta data, também é celebrado na Igreja o dia da instituição da eucaristia, do sacerdócio e do mandamento do amor de Jesus. Uma ocasião mais que especial para os católicos.
“Queremos agradecer a Deus pelos sacerdotes, que ele chamou e ungiu para estarem na Igreja. Sabemos das limitações e das fraquezas de cada um, mas também temos conhecimento da graciosidade e do esforço para dar conta da tarefa que isso foi confiada. À noite iremos celebrar a ceia do Senhor, onde também fazemos a memória do sacerdócio, haveremos de celebrar exatamente esta instituição e por fim, o sacramento do amor. Jesus quer exatamente na prática cotidiana do amor que nos mostremos como sendo dele”, explica Dom José.
O bispo também passou a mensagem para os fiéis de que, mesmo havendo diversidades, há uma união presente, mostrando que é possível ter uma convivência em harmonia.
“Certamente a visibilidade desta Igreja que está presente nessa celebração, se mostrando unida apesar de diversa, é para mostrar isso. Nós somos sempre, em toda parte, diferentes. Agora é possível sim, quando nós queremos, quando a força de Deus age na gente, que os diferentes convivam e construam unidades e pontes. A Igreja é uma expressão de diversidade, capaz de construir também a unidade”, finalizou.