Apesar das várias tentativas de acabar com o bota fora irregular, município ignora morador e o deixa sem respostas

Sete meses se passaram e a montanha de lixo e entulho no entroncamento das ruas Marechal Hermes, Marechal Deodoro e Ipê Roxo continua gerando transtornos.

As vias ligam os bairros São Lucas e São Geraldo, em Divinópolis. O local funciona como um bota fora irregular. La também serve como criadouro do mosquito transmissor da dengue e outras doenças. 

O caso vem sendo relatado pelo PORTAL CENTRO-OESTE desde novembro de 2018. De lá para cá, o problema é ignorado pela prefeitura.

A denúncia foi feita pelo professor e morador do bairro São Lucas, Amilton Augusto. O caso foi levado por ele às repartições competentes da prefeitura. Mesmo assim, os protocolos foram desconsiderados e o bota fora irregular continua.

“Já liguei no setor responsável por receber os protocolos, me informaram que a resposta tinha sido enviada no meu e-mail.  Reiterei o pedido de encaminhar de novo a resposta e das várias denúncias que fiz, nunca fui respondido”, relatou.

Protocolo foi realizado conforme orientado pela administração (Foto: Divulgação)

Outro setores

Amilton também expôs a situação para a Secretaria de Meio Ambiente que se esquivou da responsabilidade. Lá, ele foi orientado a procurar a Secretaria Municipal de Obras (Semop), pois a pasta não faz limpeza de bota fora irregular.

O caso chegou ao Ministério Público, porém nenhuma medida foi tomada.

“Já são mais de 6 meses tentando limpar o lixo perto da minha casa e até hoje sequer tive uma resposta oficial da prefeitura. Do que adianta gastar dinheiro com publicidade e campanhas contra a dengue, sem a ação in loco da prefeitura em casos como esses?”, indagou.

Saúde

Problema foi denunciado várias vezes (Foto: Divulgação)

O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em janeiro deste ano, apontou o maior índice de infestação na região nordeste onde estão localizados os bairros. O LIRAa foi de 9,7%.

Em toda a cidade foram encontrados os focos do mosquito em 38,6% em baldes, latas e recipientes de plásticos e pneus.

O morador chamou a população para responsabilidade. Citou que a maior parte dos lixos são descartados pelos moradores o que contribui para a proliferação da doença.

“Um dos motivos da cidade estar infestada de mosquito da dengue é a falta de consciência da população que descarta lixo sem consciência, criando habitats para que a praga se desenvolva (…) Já tentei em todas as vias que eu conheço: imprensa, protocolo da prefeitura, MP, ligando direto na Semop. Nenhuma forma resolveu”, finalizou.

O entrou em contato com a prefeitura e até o fechamento desta matéria não obteve retorno.