Moradores da região noroeste de Divinópolis elaboraram um projeto de duplicação da MG-050 entre os quilômetros 120,7 e 123,6, no perímetro urbano de Divinópolis. A proposta é uma alternativa ao já apresentado pela AB Nascentes das Gerais, em dezembro de 2014, e considerada inviável pela Secretaria de Estado de Trânsito e Obras Públicas (Setop).
O descontentamento com o projeto original foi registrado ainda em audiência pública há pouco mais de um ano. Ele não previa acessos viáveis para pedestres. A alternativa teve como referência uma obra já executada em Cuiabá. A ideia é rebaixar a rodovia e possibilitar o acesso entre a região central e noroeste por meio de vias alternativas com a construção de uma rotatória elevada.
Desta forma, os bairros Santa Martha, Candelária, por exemplo, contariam com novas entradas de
acessos, sem precisar atravessar por meio da rodovia.
“A cidade será ligada sem precisar fazer contornos pela rodovia. Quem vier sentido Belo Horizonte para ir em Nova Serrana ou vice versa poderá passar direto sem interferir no trânsito destes bairros”, explica João Chaves, membro da comissão de moradores.
Já o projeto da Nascentes previa a construção de dois viadutos de passagem de veículos e pedestres inferiores.
Apoio
Os moradores já apresentaram o projeto na Setop e ele foi considerado viável. Entretanto, eles precisam que o município e a própria Nascentes apoiem a ideia.
“Essa é apenas uma semente. Estamos abertos a negociação, a discutir. Mas, precisamos do apoio do município”, afirmou, acrescentando que o projeto deles reduziria o valor do investimento, pois haveria menos desapropriações. O proposta original está prevista em R$ 17 milhões.
Empresários compraram a ideia da população após terem conhecimento do novo projeto. Ele prejudicaria ainda mais o acesso ligando a região noroeste ao centro de Divinópolis. Essa proposta ainda não tornou-se pública. Deputados e lideranças políticas também estão aderindo ao movimento.
O vice-prefeito e superintendente da Usina de Projetos, Rodrigo Resende disse desconhecer o projeto dos moradores, mas que está disponível para se inteirar do assunto. Afirmou que é preciso conhecê-lo para ter uma visão técnica e saber se é viável. Outro fator importante apontado por ele é a elaboração de uma planilha de preços. Segundo o vice-prefeito, a proposta também precisa ser viável economicamente para defendê-la perante o Estado e a concessionária.
“Lá no trecho do bairro Nossa Senhora da Conceição nos conseguimos provar que era viável. Haveria uma redução de desapropriação o que compensaria o aumento no valor da obra. Isso tornou fácil defender. Precisamos saber dessa viabilidade do trecho da JK”, afirmou.
A reportagem do PORTAL entrou em contato com a Nascentes, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.