Upa Divinópolis atende gestantes
340 pessoas são atendidas por mês na UPA (Foto: Shaenny Bueno)
O homem foi levado para a Santa Casa de Formiga (Foto: Divulgação)

O homem foi levado para a Santa Casa de Formiga (Foto: Divulgação)

O homem dado como morto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis e que acordou a caminho do necrotério não resistiu e morreu cinco dias após o ocorrido. Ele chegou a ser transferido para a Santa Casa de Formiga. A cidade de transferência e a confirmação da morte só foram informadas nesta terça-feira (09) pelo vereador Hilton de Aguiar (PMDB), o mesmo parlamentar responsável pela denúncia.

Hoje o vereador cobrou novamente apuração e disse que irá investigar como presidente da Comissão de Ética. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) também instaurou um procedimento para averiguar se houve falhas e quem são os responsáveis. Agora quem também quer explicações é a família de Marques Máximo Moreira, de 51 anos, que ficou sabendo do ocorrido apenas pela imprensa.

No dia 25 de maio o homem deu entrada na UPA. Durante o atendimento um médico residente tentou reanima-lo após uma parada cardíaca, entretanto teria sido interrompido pelo plantonista Jorge Tarabal que pediu que suspendesse o procedimento, pois o paciente já teria morrido. Ao ser transportado para o necrotério ele tossiu e os profissionais o levaram para concluir o processo de reanimação.

Apuração

vereador de Divinópolis MG Hilton de Aguiar

Vereador voltou a cobrar investigação (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

A prima do paciente, Miriam Custódia do Carmo, contou ao PORTAL que a família não foi comunicada sobre a possível falha ocorrida na UPA. Segundo ela, no dia 25 os profissionais ligaram para a mãe do homem informando sobre a gravidade do caso e falando sobre a vaga em Formiga. Inicialmente, a família resistiu cobrando uma vaga na cidade, pois não tinham condições de acompanha-lo.

Sem alternativas, Marquinho – como era conhecido, foi levado para a cidade vizinha onde morreu. A causa da morte ainda é desconhecida. Miriam disse que o laudo ainda não foi repassado, pois ninguém da família foi até a Santa Casa de Formiga. O corpo só foi liberado para a funerária após ser preenchida uma declaração. Agora, eles estão correndo atrás dos documentos do paciente para conseguir emitir o atestado de óbito e retirar o laudo médico.

“Ele tinha apenas a certidão de casamento em mãos. Todos os documentos dele foram perdidos. Então vamos tirar outra via para ir até o cartório de Formiga e tirar o atestado e também o laudo”, conta.

Com os documentos em mãos, a prima dele espera compreender melhor o ocorrido.

“Queremos saber se houve falha, negligência. A gente não quer atrapalhar, queremos apenas ajudar a descobrir o que aconteceu e a melhorar. Muita gente precisa da UPA”, afirma.

Ela disse que enquanto o primo dela esteve na UPA vários diagnósticos foram passados, como tuberculose, infecção, e pneumonia, mas nenhum confirmado. Ainda segundo ela, Marquinho foi levado para a unidade após passar mal na rua. Ele tinha problemas com bebida.