UPA Padre Roberto de Divinópolis
A UPA é gerida pela Santa Casa de Formiga (Foto: Arquivo)

 

Família alega demora no atendimento, segundo relato de vereadora

Amanda Quintiliano

A Comissão de Investigação de Óbito Materno Infantil da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) investiga a morte de um bebê de 07 meses na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Divinópolis. O caso tornou-se público após ser relatado pela vereadora, Janete Aparecida (PSD), na reunião da câmara, desta quinta-feira (29).

A vereadora contou que foi procurada pela família da menina na sexta-feira da semana passada, 22 de junho. Sem citar nomes, disse que a tia dela relatou que ela foi levada com dificuldades para respirar. Seguindo o protocolo de Manchester, o bebê foi classificado como laranja, ou seja, “muito urgente”.

Neste caso, ela deveria receber atendimento em 10 minutos. Entretanto, segundo relatado pela tia, não foi isso o que aconteceu. Ela só passou por um médico uma hora depois. Pelo protocolo, aqueles casos classificados como “urgentes” – amarelo – podem esperar até 50 minutos.

Na certidão de óbito, consta que a menina morreu por insuficiência respiratória grave. Entretanto, a família acredita que se o atendimento tivesse ocorrido com mais celeridade ela ainda estaria viva. Com isso, os pais autorizaram a investigação para verificar se houve negligência.

Crise

A situação da UPA de Divinópolis é de calamidade. O caso denunciado ocorreu quase 10 dias após o anúncio do plano de contingência para acelerar o atendimento. Na época, 68 pacientes aguardavam vagas em hospitais e outros quase 90 estavam em casa a espera de cirurgias.  

Na época foi anunciada a implantação de 20 leitos para atender exclusivamente aos pacientes da UPA no Complexo de Saúde São João de Deus. O prazo divulgado era de 15 dias, devido a ajustes contratuais.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, inicialmente, 14 leitos estão atendendo a unidade e o demais devem ser disponibilizados nos próximos dias.