Amanda Quintiliano

 

O promotor Sérgio Gildin encaminhou aos médicos do Hospital São João de Deus (HSJD) uma recomendação orientando-os a não paralisarem os atendimentos. O documento foi entregue esta semana, após a segunda ameaça de suspensão dos serviços. A principalmente reclamação dos profissionais é quanto ao pagamento atrasado.

 

Gildin disse que a preocupação  é em manter a assistência.

 

“A nossa preocupação não é com multa, com penalidades que podem ocorrer aos médicos, é com o serviço, com a assistência aos pacientes”, disse.

 

Essa semana os médicos se reuniram e definiram por encaminhar uma carta ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e também ao Ministério Público Estadual comunicando sobre a situação que enfrentam e a intenção de paralisação. Caso suspendam os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) será daqui a um mês.

 

A carta deverá ser emitida ainda hoje com o apoio de pelo menos 50 profissionais. Na segunda-feira (25) os médicos chegaram a relatar que os 40% restantes do pagamento de julho ainda não foram pagos e nem o valor referente a agosto.

 

Impasse

 

Em entrevista à reportagem do PORTAL no dia 13 de agosto, o superintendente Afrânio Emílio chegou a explicar sobre os atrasos. Segundo ele, houve um aumento da assistência e o repasse do Ministério da Saúde se manteve o mesmo. O processo para ampliação do recurso já está tramitando e deve sair após as eleições.

 

Com o recurso que será liberado para arcar com os procedimentos do SUS, as contas do São João de Deus serão equilibradas, segundo o superintendente. Atualmente, a unidade recebe, mensalmente, R$ 3 milhões pelos procedimentos. O aumento do teto representaria cerca de R$ 1 milhão a mais.

 

A despesa do hospital está perto de R$ 6 milhões e o déficit mensal é de R$ 1,2 milhão, ou seja, com mais R$ 1 milhão, esse número cairia para R$ 200 mil.