Antecipando-se ao relatório da Copasa, o Ministério Público interferiu e recomendou ao prefeito Antônio Dianese a suspensão do carnaval em Itapecerica. Nesta quinta-feira (15), o promotor Sérgio Gildin emitiu uma recomendação, lembrando ainda da existência de um inquérito civil instaurado para averiguar se há deficiência no sistema de abastecimento na cidade.
“Há um inquérito civil, mas o caso do Carnaval é outro. Se houver a permanência de se realizar o carnaval podemos tomar alguma medida além deste inquérito”, disse o promotor ao Portal.
No final do ano passado os moradores vivenciaram o caos. Na época, o racionamento de água foi adotado, mesmo assim, o método utilizado pela Copasa não foi suficiente para garantir o abastecimento. Alguns bairros ficaram dias sem água, reféns de caminhões pipas e de minas. Já no limite da paciência, dois poços artesianos foram perfurados.
Diante da situação o promotor instaurou um inquérito. Para a conclusão dele resta apenas a perícia da Agencia Reguladora de Serviços de Abastecimento de Agua e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae).
Copasa
Ao Portal, por meio de nota, a Copasa confirmou a queda de vasão do ribeirão Gama. Sem mencionar índices ou tempo, disse apenas estar monitorando e orientou os moradores a economizar. Mesmo questionada, não foi informado à reportagem, por exemplo, por mais quanto tempo, se não chover, é possível garantir o abastecimento ininterrupto.
Diante da ameaça de falta d’água, o município já se precaveu e questionou a companhia, por meio de ofício, sobre os riscos de desabastecimento. O documento deveria ter sido entregue ontem (15).
O secretário de Cultura de Itapecerica, Welliton Cruz disse que a festa está toda organizada e planejada, mas só será realizada se não houver risco de faltar água.
A reportagem tentou novo contato com o secretário, mas ele não foi localizado até o fechamento desta matéria. A prefeitura funciona a partir das 12h.
