“A reunião mais produtiva dos últimos anos”. Foi assim que o deputado federal, Jaime Martins (PSD) e o presidente da Comissão Municipal de Saúde, Edimilson Andrade (PT), classificaram a reunião desta sexta-feira (19), com o Secretário de Estado de Saúde, Fausto Santos, com o de Planejamento, Helvécio Magalhães e com o Ministério Público para contornarem a crise do Hospital São João de Deus.
Na próxima terça-feira (23) os diretores da Dictum deverão ser reunir para dimensionarem, em valores, o custo, por exemplo, para se manter um leito no Centro de Terapia Intensiva (CTI). O estudo será apresentado na próxima sexta-feira (26) aos técnicos da Secretaria de Estado e Saúde. A partir dela o governo definirá qual será a contribuição para resolver o problema de desassistência.
“As discussões que ainda virão para dimensionar os valores financeiros a serem repassados irão propiciar a continuidade do trabalho do hospital e aumentar a parte social para ele retomar a sua vocação de alta complexidade, reforçando e criando a parte de assistência oncológica, nefrológica, hematológica, a parte da hemodinâmica também, a assistência cardiológica, os serviços de ortopedia”, comentou Jaime Martins.
Mudança de caminho
Jaime Martins disse que foi a reunião mais produtiva (Foto: Divulgação)
A partir desta reunião a proposta do Estado de assumir a gestão da unidade tomou novo sentido. De acordo com o vereador Edmilson Andrade já não se fala, pelo menos por agora, em novo CNPJ. A ideia é criar um Comitê Científico para acompanhar a atual gestão. Ainda segundo o presidente da Comissão de Saúde, o Estado vai ajudar na regularização de vagas. Outra possibilidade, por exemplo, é liberar medicamentos e insumos.
“Não existe mais isso de hospital 100% SUS. O Estado quer trabalhar a alta complexidade, desafogar a UPA e começar a salvar vidas. O Hospital São João de Deus não é problema é solução. O Estado não vai interferir na gestão, mas sim criar um comitê científico sem interferir em CNPJ ou dar calote na dívida”, explicou o vereador.
Regularização do sistema
Edimilson Andrade reforçou que o hospital não fechará (Foto: Divulgação)
A urgência neste momento, destacou o parlamentar, é regularizar o sistema regional de saúde. É evitar que municípios vizinhos ocupem leitos de alta complexidade com casos de média complexidade.
“Há fundações, hospitais das cidades da região com 50 leitos, mas ocupam cinco, porque não têm médicos, não têm equipamentos e acabam mandando pacientes de média complexidade. O São João de Deus só tem que atender os municípios vizinhos, pelo SUS, com alta complexidade. Então, isso também deverá ser revisto”, comentou Andrade.
