A mulher foi presa na última sexta-feira (15) (Foto: Lorrayne Andrade)

A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira (21), Pollyanna Marques de Paula, 31 anos, suspeita de vender falsos pacotes de viagens em Divinópolis e Belo Horizonte. A mulher é proprietária da Mega Turismo. A agência era registrada e existe desde 2009. Ela funcionava como fachada para aplicar golpes. Em Divinópolis, pelo menos 30 pessoas foram vítimas e outras 15 em Belo Horizonte.

Os golpes em Divinópolis começaram durante a Divinaexpo. Ela montou um estande para promover a agência e distribuía cupons de sorteios de pacotes para quem passava por lá. As vítimas preenchiam e após o evento ela entrava em contato falando que elas foram sorteadas para ganhar diárias gratuitas em hotéis.

“Ela foi embora para Belo Horizonte, retornou, alugou uma sala em um hotel de Divinópolis e entrou em contato com as vítimas falando que elas foram sorteadas para essa promoção das diárias de graça, quando na verdade as vítimas eram induzidas a comprar cartões ouro e vip que dariam as diárias de graça em hotéis”, explica a delegada.

O cartão ouro dava direito a 14 diárias com três acompanhantes já o vip a 36 com seis acompanhantes. Os valores variavam entre R$ 1.390 e R$ 1.990. O esquema era tão planejado e organizado que ela tinha material de divulgação com nomes e informações sobre os hotéis. Entretanto, nenhum dos convênios hoteleiros era real.

A mulher foi presa na última sexta-feira (15) (Foto: Lorrayne Andrade)

A mulher foi presa na última sexta-feira (15) (Foto: Lorrayne Andrade)

“As vítimas começaram a descobrir quando ligavam para os hotéis conveniados, cuja relação ela já passava, e nenhum hotel tinha o convênio com ela, então ninguém teria direito a diária de graça”, explica.

A suspeita aceitava cheque, dinheiro, cartão de crédito e débito. Na propaganda ela ainda mencionava convênios com a Polícia Militar, Civil, Caixa Econômica Federal, Corpo de Bombeiros. Todos eram falsos. Para se esconder das vítimas ela sempre trocava de endereço. Atualmente, a agência estava na rua Guajajaras, em Belo Horizonte.

Até agora 15 vítimas prestaram depoimentos e há outras 15 identificadas na Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte. Após a coletiva de imprensa a delegada ouviu a suspeita que afirmou não ter mais o dinheiro. Ela responderá pelo crime de estelionato e foi levada para o presídio Floramar.