foto: Divulgação

Arthur Tótoli

Além das mulheres com histórico de câncer de mama na família, aquelas que tem mamas densas também se encaixam no grupo de risco e devem ser acompanhadas de perto para prevenir a doença.  Em alguns países do mundo, a doença está numa crescente, devido a vários fatores, entre eles, por causa do aumento de expectativa de vida das mulheres, sedentarismo, obesidade, consumo elevado de álcool e o adiamento da maternidade para depois dos 40 anos.  No Brasil todos esses fatores também estão sendo observados e especialistas dizem que acrescentar informações sobre a densidade mamária resulta em melhor modelo de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chance de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.

De acordo com a radiologista Vivian Schivartche, especialista em diagnóstico da mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, um dos grandes desafios da mamografia é que mamas densas (principalmente nos níveis três e quatro) podem dificultar a interpretação das imagens. “Na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é caracterizada pelas áreas escuras. Como os tumores também aparecem em branco nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia também auxilia a encontrar alterações no meio do tecido denso”. 

Vivian Schivartche ainda revela cinco boas dicas para quem vai fazer mamografia:

  1. “Se a paciente puder optar pela mamografia digital em detrimento da convencional, é melhor. Mas vale ressaltar que hoje em dia já é possível realizar a tomossíntese – ou mamografia 3D – em muitas cidades do Brasil, aumentando ainda mais o percentual de diagnóstico precoce”.
  2. “Observe a reação do seu corpo durante o ciclo menstrual, evitando agendar a mamografia naqueles dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas”.
  3. “Se puder escolher a clínica onde será realizada a mamografia, dê preferência àquelas que investem em novas tecnologias, já que os mamógrafos vêm sendo modificados para tornar o exame mais rápido e menos incômodo às pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um radiologista especializado em imagem da mama para orientar a realização do exame”.
  4. “Durante o exame, procure seguir a orientação do profissional que está no comando, evitando movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de que se trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode salvar a sua vida”.
  5. “Não se apavore se for chamada para uma repetição. Ao contrário, procure agendar o quanto antes esse novo exame e procure relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor imagem possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer”.

Fontes: Dra. Vivian Schivartche, médica radiologista, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, em São Paulo – www.cdb.com.br