Ana Amélia Vieira
Há algum tempo atrás, tive um sonho. Nesse sonho um menino caminhava de forma livre e espontânea por um campo florido de um mundo, até então, desconhecido. Esse mundo era um lugar onde as pessoas viviam em harmonia, não existia nenhuma forma de manifestação de violência e ninguém conhecia o significado da palavra ódio.
Apenas sentimentos bons eram semeados em uma grande plantação de sonhos, a principal fonte de energia da população. Cada pessoa seguia sua vida de forma tranquila e serena, com o desejo de alcançar seus objetivos sem prejudicar ninguém.
Todos eram amigos, sem nenhum tipo de preconceito e disputa por poder e riqueza. O lugar possuía uma paz tão notável, que era possível ouvir a nascente de água ao fundo, como se fosse a trilha sonora do sonho.
Mulheres simples buscavam água em um grande lago, e algumas, mais abaixo, lavavam suas roupas. Todas se ajudavam, sem nenhuma competição. As crianças corriam de um lado para o outro, subindo em árvores e brincando de roda. Os homens saíam para o trabalho, conscientes que sua família era a coisa mais preciosa que eles possuíam. Tudo se encaixava. Todos eram felizes.
Então, eu acordei num mundo totalmente ao contrário daquele do sonho. O mundo real, onde a espécie humana conseguiu banalizar a vida, os sonhos, a violência. Um mundo onde as pessoas não se importam uma com as outras, onde o poder, a fama, a ostentação são a única coisa capaz de fazer um individuo feliz. Um mundo de medíocres diplomados, que não sabem respeitar o próximo, e muito menos o meio ambiente.
O mundo está longe de ser um lugar perfeito para se morar. Como é possível viver num mundo de disputas, onde o imperialismo prevalece sobre os fracos? Cadê a paz, que é tão desejada por todos?
Podemos transformar esse mundo naquele do sonho. Basta apenas querer, porque o mundo está precisando de menos gente hipócrita e mais pessoas que realmente se preocupam em fazer o bem. Apenas assim o mundo passará a ser um lugar de paz, amor, e sobretudo, bondade.